Dólar fecha próximo da estabilidade, repercutindo a aprovação da reforma do IR

O dólar encerrou as negociações desta quinta-feira (2) em leve queda de 0,03%, frente ao real, valendo R$ 5,183 na venda.

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Na avaliação de Daniel Miraglia, economista chefe da Íntegral Investimento, o dólar hoje ficou atento à aprovação da reforma do Imposto de Renda. A votação da proposta aconteceu ontem na Câmara dos Deputados e, segundo o economista, o mercado entende que a reforma é populista e complica a vida do contribuinte brasileiro.

Contudo, ele explica que o desempenho do câmbio hoje está relacionado com as expectativas do mercado para que o Senado breque o texto. Na visão de Miraglia, se o texto for aprovado dessa forma, provavelmente veremos redução nas expectativas de crescimento potencial do Brasil.

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Os investidores também estão à espera do payroll que deve ser divulgado amanhã (3)

Movimentação do dólar

O dólar americano abriu a sessão de hoje em leve baixa acompanhando o mercado internacional, mas ganhando força com a instabilidade econômica e política do Brasil.

Além disso, os investidores demandaram dólar nesta manhã por precaução, diante da inflação crescente, revisões em baixa para o PIB neste ano e em 2022 e as quedas da produção industrial brasileira em julho.

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O dólar americano hoje marcou a sessão com volatilidade, subindo com o cenário politico-econômico do País, mas caindo com a entrada de fluxo cambial.

Notícias que movimentaram o dólar

Veja algumas notícias que movimentaram o dólar durante a sessão de hoje:

  • Déficit comercial dos EUA recua 4,3% em julho, a US$ 70,05 bilhões
  • Pedidos de auxílio-desemprego caem 14 mil na semana nos EUA, a 340 mil
  • Reforma do Imposto de Renda: Câmara reduz de 20% para 15% taxação de dividendos

Déficit comercial dos EUA

O déficit comercial dos Estados Unidos diminuiu 4,3% em julho ante junho, a US$ 70,05 bilhões, segundo dados publicados nesta quinta-feira pelo Departamento do Comércio americano.

O resultado veio um pouco abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam déficit de US$ 70,9 bilhões.

Já o saldo negativo da balança comercial de junho foi revisado para baixo, de US$ 75,75 bilhões para US$ 73,23 bilhões. As exportações dos EUA somaram US$ 212,8 bilhões em julho, alta de US$ 2,8 bilhões ante junho, e as importações totalizaram US$ 282,9 bilhões no mês, representando queda de US$ 400 milhões.

Pedidos de auxílio-desemprego

O número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos teve queda de 14 mil na semana encerrada em 28 de agosto, a 340 mil, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quinta-feira pelo Departamento do Trabalho norte-americano.

O resultado ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam 345 mil solicitações.

O total da semana anterior foi ligeiramente revisado para cima, de 353 mil para 354 mil pedidos.

O número de pedidos continuados, por sua vez, apresentou recuo de 160 mil na semana encerrada em 21 de agosto, a 2,748 milhões. Esse indicador é divulgado com uma semana de atraso.

Reforma do Imposto de Renda

A Câmara dos Deputados aprovou na tarde desta quinta-feira, por a 319 votos favoráveis contra 140 contrários, a emenda à reforma do Imposto de Renda (IR) que reduz, de 20% para 15%, a alíquota da tributação sobre lucros e dividendos.

A proposta para instituir uma alíquota de 20% constava no texto-base da reforma do Imposto de Renda, aprovado nesta quarta-feira (1). Pessoas físicas estão isentas da tributação de lucros e dividendos desde 1996.

O relator do projeto, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), defendeu a manutenção dos 20%. Segundo o parlamentar, a alíquota maior para taxação de dividendos seria compensada por outros dispositivos do texto que reduzem a tributação pelo Imposto de Renda. A versão aprovada ontem prevê corte de 7% na alíquota do IR para empresas, que cai de 15% para 8%.

Cotação do dólar na quarta (1)

O dólar encerrou as negociações de quarta-feira (1) em alta de 0,20%, frente ao real, valendo R$ 5,182 na venda.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Laura Moutinho

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