Dólar cai a R$ 5,16 influenciado por exterior, após subir com risco fiscal e político

O dólar abriu nesta quinta-feira (02) em leve baixa, ajustando-se ao sinal predominante no exterior. A moeda norte-americana cai frente outras moedas emergentes ligadas a commodities, como peso mexicano, lira turca e rand sul africano.

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A tendência de queda na cotação do dólar hoje, que vem do mercado internacional, recuou por um tempo pela manhã, fazendo a moeda devolver suas perdas e subir, com máxima a R$ 5,1961 no mercado à vista.

O dia é marcado por forte volatilidade no câmbio. Por um lado, o dólar está fraco no mercado internacional, por outro, ganha força com a instabilidade econômica e política do Brasil.

Às 9h32 desta quinta, o dólar à vista tinha viés de baixa de 0,14%, a R$ 5,1776, após máxima a R$ 5,1931 e mínima a R$ 5,1711 nos primeiros negócios. O dólar futuro para outubro caía 0,20%, a R$ 5,1975.

Puxa o dólar para cima

Os investidores demandaram dólar nesta manhã por precaução, diante da inflação crescente, revisões em baixa para o PIB neste ano e em 2022 e as quedas da produção industrial brasileira em julho.

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Além disso, segundo operadores do mercado, os ajustes da moeda norte-americana refletem a cautela com o fiscal e com a política institucional, após a Câmara aprovar o texto base da reforma do IR (Imposto de Renda). O que era inesperado e só ocorreu porque o Senado impôs duas derrotas ao governo ontem à noite:

  • aprovou mudança nos planos de saúde das estatais, que pode inviabilizar a privatização dos Correios, e
  • rejeitou a medida provisória da reforma trabalhista.

A produção industrial caiu 1,3% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal. A mediana negativa esperada pelo mercado era de de 0,7%, dentro do intervalo de – 2,00% a +1,7%. Em relação a julho de 2020, a produção subiu 1,2%, menos que a mediana positiva de 1,9% do mercado.

A indústria acumula alta de 11,0% no ano de 2021. Em 12 meses, a produção acumula alta de 7,0%.

Fed enfraquece a moeda lá fora

Às 11:50, o dólar comercial à vista operava em queda de 0,45%, valendo R$ 5,162 frente ao real.

Desde que o presidente do banco central dos Estados Unidos, Jerome Powell, evitou na sexta-feira, dia 27, dar sinais claros sobre quando o Fed começará a cortar suas compras de títulos, o dólar tem perdido terreno globalmente.

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O índice DYX, que compara o dólar ante seis divisas principais, já perdeu cerca de 1,4% desde que atingiu máximas em nove meses, no dia 20 de agosto.

Agora, “investidores deverão seguir acompanhando dados de atividade nos EUA enquanto buscam prever os impactos da variante Delta na atividade global”, disse em nota Rafael Gabriel Pacheco, da Guide Investimentos.

O próximo dado, previsto para amanhã, é o do “payroll“, que indica como está o mercado de trabalho nos Estados Unidos. O relatório é importante porque é o indicador oficial do Fed para as metas de pleno emprego dos EUA.

Cotação do dólar no dia anterior

O dólar encerrou as negociações de quarta-feira (1) em alta de 0,20%, frente ao real, valendo R$ 5,182 na venda.

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Com informações de Estadão Conteúdo. 

Monique Lima

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