Fed: dirigente defende iniciar retirada de estímulos ainda em 2021
A presidente da distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em Kansas City, Esther George, defendeu que a autoridade monetária inicie em breve, ainda em 2021, a retirada de estímulos, processo conhecido como “tapering“.
Em entrevista à Fox Bussiness, a dirigente do Fed afirmou que a diminuição do relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) deve começar “mais cedo do que mais tarde”, em meio a leituras elevadas de inflação e desequilíbrios no mercado imobiliário residencial dos Estados Unidos.
Para ela, o processo poderia ter início já este ano. Esther George comentou ainda que o Fed tem visto progressos na recuperação do mercado de trabalho americano.
Além de George, a maioria dos integrantes do comitê de política monetária do Fed (Fomc) avaliou que uma redução “proporcional” na compra de Treasuries e de títulos lastreados em hipotecas (MBS, na sigla em inglês) seria benéfica para a economia americana.
Dirigentes expressaram que uma redução mais rápida na compras dos MBS seria positiva, uma vez que o setor imobiliário vem “muito forte” nos Estados Unidos, não necessitando de apoio do Fed.
Uma parte dos membros do Fomc avaliou que um inicio da redução da compra de ativos antes das metas do Fed de pleno emprego e alta da inflação serem alcançadas apresentaria benefícios potenciais para o país.
Resposta do mercado à posição do Fed
As bolsas americanas operam em queda nesta quinta-feira (26), com investidores digerindo dados da economia e falas do Federal Reserve.
Por volta das 14h30, o S&P 500 caía 0,34%. para 4.481,02 pontos. Já a Nasdaq recuava 0,30%, para 14.997,42 pontos. E o Dow Jones perdia 0,29%, aos 35.301,06 pontos.
Os investidores aguardam novas falas dos integrantes Fed sobre o andamento da economia e, principalmente, as atenções estão voltadas para os planos do BC americano sobre a redução de medidas de estímulo.
Com informações de Estadão Conteúdo e Dow Jones Newswires