Criptomoedas preocupam autoridades e cerco regulatório pressiona setor

O setor de criptomoedas está cada vez maior e mais influente no mercado financeiro, a ponto de diversos governos pelo mundo reforçarem sua atenção sobre ele. Nesta segunda-feira (23), o bitcoin (BTC) voltou à marca de US$ 50 mil e, com isso, o valor total desse mercado chega a US$ 900 bilhões, mais que a maioria das companhias pelo mundo.

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O setor não se resume às moedas sem lastro, como o bitcoin, o ethereum (ETH) ou o binance (BNB). As criptomoedas com lastro – chamadas stablecoins – seguem exibindo mais negociações e emissões, casos do tether (USDT) e do ESDC.

Bolsas de criptomoedas gigantes na Ásia muitas vezes servem a operadores em países em que seus produtos não são legais. Após anos de relativa desatenção, reguladores e legisladores correm atrás desse tema agora, o que não deve ser fácil.

Afinal, eles buscam controlar um setor rebelde, que tem adotado a tecnologia global para emitir novos produtos de modo agressivo, deixando muitas vezes questões de compliance regulatório em segundo plano.

Moedas digitais pressionadas

Algumas das maiores companhias de criptomoedas estão sob pressão crescente.

Nas últimas semanas, a Binance, maior bolsa de criptomoedas do mundo, foi advertida sobre oferecer certos investimento desse setor no Reino Unido, Itália, Alemanha, Holanda, Japão e Hong Kong.

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A BitMEX, outra grande bolsa do segmento, pagou US$ 100 milhões para encerrar uma investigação regulatória sobre alegações de que vendia derivativos de modo ilegal e por regras frouxas para evitar lavagem de dinheiro.

Poucos esperam que o segmento de criptomoedas, fortalecido nos últimos 18 meses em termos de valor e de interesse por seus produtos, mude de repente suas práticas.

Reguladores têm se voltado como nunca sobre as criptomoedas, mas até agora a coordenação parece limitada e jurisdições apresentam abordagens bastante divergentes sobre temas como:

  • proteção ao investidor,
  • cumprimento de regras de combate à lavagem de dinheiro
  • prevenção de financiamento ao terrorismo,
  • acesso a infraestrutura bancária e de pagamentos e
  • evasão fiscal.

Abordagem dos países para regular as criptomoedas

Os investimentos em criptomoedas são um mercado global, mas os Estados Unidos, a Europa e a China têm adotado abordagens diferentes para seu monitoramento.

Os EUA lançaram multas contra projetos que contornaram regras de proteção aos investidores.

A Europa trabalha em regras especializadas, que demorarão um tempo para se implementar, e a China se lançou contra o setor, mas as bolsas de criptomoedas se estabeleceram em locais próximos, mais amigáveis.

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Com informações de Estadão Conteúdo. 

Monique Lima

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