Sabesp (SBSP3): preparação para privatização tem plano de longo prazo, diz Doria
O governador de São Paulo, João Doria, afirmou que a Sabesp (SBSP3) será preparada para a desestatização nos próximos anos, em um plano de longo prazo. A declaração foi dada no último sábado (22), no Rio de Janeiro.
Segundo o governador, nada será feito de forma precipitada no processo de privatização. Na conversa com os jornalistas, Doria comentou sobre as falas de Rodrigo Maia, recém-nomeado secretário de Projetos e Ações Estratégicas de São Paulo.
Na última sexta-feira (20), o ex-presidente da Câmara dos Deputados disse que o principal dos seus trabalhos será organizar a privatização da companhia até o final de sua gestão.
Após a declaração de Maia, as ações SBSP3 dispararam e lideraram o Ibovespa no pregão. Na semana, os papéis da Sabesp subiram 8% e se destacaram na B3.
Doria afirmou que seu governo é desestatizante, e que a Sabesp já é bem administrada para passar por esse processo.
“Nosso governo é desestatizante. A Sabesp já é de capital aberto, cotada em Bolsa, com performance muito boa e bem administrada. Ao longo dos próximos anos, ela vai ser preparada evidentemente para um programa de privatização, mas não faremos isso de forma precipitada”, disse o governador.
Após o mercado se animar com o futuro da empresa de saneamento, o governo de São Paulo informou, em nota, que Maia, integrante do Comitê de Desestatização, acompanhará os estudos de análise da companhia, levando em consideração o novo marco do saneamento e a ampliação dos seus serviços.
Sabesp lucra R$ 773,1 milhões no segundo trimestre
A Sabesp registrou um lucro líquido de R$ 773,1 milhões no balanço do segundo trimestre deste ano. O montante equivale ao dobro do que a empresa reportou no mesmo intervalo de 2020, precisamente 104,4% de aumento.
A receita líquida da companhia teve um crescimento bem mais modesto que o lucro: 3,7%, para R$ 4,6 bilhões entre abril, maio e junho.
A Sabesp diz que foi beneficiada pelo impacto cambial positivo em sua dívida, dada a valorização do real no período frente ao dólar e ao iene. O resultado se deve a ganhos de R$ 442,3 milhões com as variações cambiais sobre empréstimos e financiamentos.
