Ouro fecha próximo da estabilidade, ainda de olho na ata do Fed
O ouro terminou a sessão dessa quinta-feira (19) próximo da estabilidade, após começar o dia em alta impulsionado pelos temores com a variante delta do coronavírus (Covid-19).
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro encerrou a sessão de hoje com perda de 0,07%, a US$ 1.783,10 a onça-troy.
A sessão foi marcada pela cautela no mercado, com aversão a risco após a ata relativa à última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed) ser publicada ontem (18).
Além disso, o fortalecimento do dólar ao longo do dia acabou por pressionar o ouro, cotado na moeda americana, deixando o ativo mais caro para detentores de outras divisas.
O Commerzbank aponta que o ouro recuou hoje pelo fato do dólar estar se “valorizando visivelmente”. O movimento está relacionado à publicação da ata do Fed, “que os participantes do mercado interpretaram como sendo hawkish”, aponta o banco alemão.
Durante a reunião, os dirigentes não chegaram a um consenso sobre uma data para anunciar o começo de redução da compra de títulos, mas na avaliação de especialistas foi sinalizado que o processo deve ocorrer ainda em 2021.
O tapering, como é conhecido o movimento da retirada de estímulos, “foi mais uma vez precificado para o ouro agora, embora as expectativas das taxas de juros dos participantes do mercado não tenham mudado”, avalia o Commerzbank. Por sua vez, “consideramos excessiva a resposta do preço do ouro. Afinal, a política monetária do Fed permanecerá frouxa apesar do estreitamento, e não esperamos que o primeiro aumento da taxa de juros seja feito antes de 2023″, pondera o banco alemão.
Última cotação do ouro
Na sessão anterior, quarta-feira (18), o metal precioso encerrou leve queda enquanto os investidores esperavam pela ata da reunião de política monetária de julho do Federal Reserve.
Na Comex, o ouro com entrega prevista para dezembro recuou 0,19%, a US$ 1.784,40 a onça-troy, ao final da sessão de ontem.
Com informações do Estadão Conteúdo