Goldman Sachs diminui previsão de alta do PIB dos EUA com avanço da variante Delta
Economistas do Goldman Sachs reduziram agressivamente suas previsões de alta anualizada do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no terceiro trimestre deste ano. De um aumento de 9% previsto anteriormente para 5,5%, em função da disseminação da variante Delta do coronavírus.
“O impacto da variante Delta no crescimento da economia e na piora da inflação está provando ser um tanto maior do que esperávamos”, disseram os analistas do Goldman Sachs.
Isso se deve principalmente à disseminação contínua da variante Delta do coronavírus, o que significa que eventos de entretenimento ao vivo, parques de diversões ou trabalho no escritório podem levar mais tempo do que o previsto para se recuperarem.
O nível crescente de trabalho remoto também não é vista como um bom presságio para a economia adjacente aos escritórios e gastos com serviços, indicam os analistas.
Para 2022, a projeção de alta do PIB americano foi ligeiramente ajustada para cima, de 4,4% para 4,5%. O Goldman Sachs também aumentou sua previsão de taxa de desemprego de 4,2% para 4,4% no final de 2021.
Variante Delta nos Estados Unidos
A pandemia alcançou um novo momento nos Estados Unidos, as mortes diárias voltaram a patamares superiores a um mil por dia. Há uma preocupação crescente com a volta das infecções pela variante Delta de forma acelerada no país.
O governo, que estudava criar um programa de aplicação em massa da terceira dose para a população que já está vacinada, aprovou o plano que deve iniciar em 20 de setembro.
Os americanos que receberam as vacinas da Pfizer e da Moderna poderão receber uma terceira dose oito meses depois da segunda aplicação.
O presidente Joe Biden pediu às grandes empresas estadunidenses que exijam que seus funcionários sejam imunizados. “Os empregadores têm mais poder hoje para acabar com a pandemia do que nunca”, afirmou o mandatário.
Com isso, o governo norte-americano espera frear a propagação da variante delta do coronavírus, que tem uma carga viral até 1.200 vezes maior que a das mutações anteriores.
Com informações de Estadão Conteúdo.
