Cielo (CIEL3): conselheiros de bancos cogitam fechar capital, diz site; empresas negam

O Bradesco (BBDC4) e o Banco do Brasil (BBAS3) estariam avaliando fechar o capital de sua controlada Cielo (CIEL3), segundo fontes informaram ao site Pipeline.

A Cielo negou as informações em fato relevante publicado na terça à noite, após a publicação da notícia.

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Segundo a reportagem do site, conselheiros dos bancos analisam alternativas para o futuro da Cielo e, , alguns membros do conselho apoiam que a companhia deixe a Bolsa de Valores com a questão societária já resolvida — enquanto outros defendem que a empresa de maquininhas feche seu capital primeiro.

“Não tem como resolver a questão societária com minoritários no meio”, afirmou uma fonte ao Pipeline.

O Bradesco é dono de 30,06% da companhia e o banco estatal tem 28,65% do negócio. Na avaliação divulgada em seus respectivos balanços, as fatias na Cielo valem cerca de R$ 11,7 bilhões. Hoje, o valor de mercado da companhia é de aproximadamente R$ 7,82 bilhões.

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De acordo com o jornal, os dois bancos arcariam com a Oferta Pública de Aquisição (OPA). As fontes ainda apontaram que os consultores já estipularam um preço máximo por ação para a operação.

O preço médio das ações da Cielo nos últimos 60 pregões fica em torno de R$ 3,60.

Mais: a Cielo tem vendido alguns ativos recentemente, movimento que poderia ajudar o caixa para a possível OPA, e indicar a saída da B3.

A reportagem lembra que, em fevereiro, o colunista Lauro Jardim, de O Globo, já tinha indicado que o BB e o Bradesco até estudaram o fechamento de capital. Mais uma vez o que impediria o processo de prosseguir era uma gradual “resolução societária”, como resumiu um executivo. O Banco do Brasil e o Bradesco não conformaram a informação.

Negaram, em nota. Mas o assunto voltou à tona neste segundo semestre e pode, conforme informou o Pipeline, entrar mais uma vez no noticiário como pauta dos controladores e acionistas da Cielo.

Em maio último, a renúncia do presidente da Cielo (CIEL3), Paulo Caffarelli, após quase três anos no cargo, ocorreu em meio a um desgaste crescente entre os sócios Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4), conforme apurou o jornal Estado de São Paulo.

O anúncio foi mal recebido no mercado em meio à sensação de que a reestruturação, até então em curso, iria atrasar, prejudicando ainda mais a líder das maquininhas. Pesou na decisão do executivo a difícil relação entre o Bradesco e o Banco do Brasil, disseram três fontes, na condição de anonimato. A permanência de Caffarelli na presidência da Cielo era exatamente um dos vetores de estresse entre os sócios.

Cielo nega OPA

Em fato relevante publicado na terça à noite, a Cielo negou que o Banco do Brasil e Bradesco estudam a OPA.

A nota da Cielo diz o seguinte:

“A Cielo afirma que a notícia mencionada acima é INVERÍDICA e que o tema veiculado na referida matéria, fechamento de capital, não foi discutido no âmbito de seu Conselho de Administração. A companhia consultou Banco do Brasil e Bradesco acerca da notícia, recebendo as seguintes manifestações

  • o Bradesco (Columbus Holding) afirmou que 1não há tratativas em relação ao fechamento de capital da Cielo. A notícia é inverídica’.
  • O Banco do Brasil (BB Elo CartõesParticipações) informou que ‘não há tratativas no âmbito de governança do Banco do Brasil (BB) acerca de alterações na estrutura societária da Cielo, e que a referida notícia veiculada nesta data é inverídica.
  • Informamos, ainda, que o BB avalia constantemente oportunidades e alternativas que contribuam com sua estratégia corporativa, melhorem a experiência de seus clientes e agreguem valor aos seus acionistas.”

Cielo planeja vender negócio nos EUA

Após vender quase R$ 700 milhões em ativos em menos de um ano, a Cielo pretende agora se desfazer de um negócio no exterior, segundo informações da Coluna do Broadcast, do Estadão.

A empresa em questão é a americana Merchant e-Solutions (MeS), comprada pela Cielo em 2012 por US$ 670 milhões. A operação marcou a estreia da Cielo nos Estados Unidos.

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De acordo com a coluna, o presidente da Cielo, Gustavo Sousa, disse, em conversa com analistas e investidores, que está aberto a analisar “decisões mais estratégicas” para o ativo, que passou por um trabalho de turnaround (recuperação). “Esse processo agora está maduro… Entendemos que a atenção da Cielo tem de ficar em seu core de adquirência no Brasil”, disse ele.

A Controlada do Bradesco e do Banco do Brasil tem buscado se concentrar no seu negócio principal, o de pagamentos. Neste caminho, a Cielo já vendeu três empresas:  A Orizon, do segmento de saúde; Uma plataforma de transações para a bandeira Elo; e a empresa de meios de pagamento M4U.

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Laura Moutinho

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