EUA vão liderar a alta global da oferta de petróleo até 2024, segundo IEA
Os Estados Unidos da América (EUA) vão estimular o crescimento global de oferta de petróleo nos próximos cinco anos. Serão acrescentados mais 4 milhões de barris por dia (bpd) à produção do país, que já registra avanço. As informações foram divulgadas pela International Energy Agency (IEA), nesta segunda-feira (11).
“Os EUA lideram cada vez mais a expansão da oferta mundial de petróleo. Com crescimento significativo, visto também entre outros produtores de fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Incluindo o Brasil, a Noruega e a nova produtora Guiana“, redigiu a IEA em sua projeção.
“Até o final da previsão [2024], as exportações de petróleo dos EUA vão ultrapassar as da Rússia e se aproximarão das da Arábia Saudita, trazendo uma maior diversidade de oferta“, disse a IEA.
Ao passo que a desaceleração econômica da China torna-se mais evidente, o crescimento da demanda global pela commodity deve ser reduzido.
Entretanto, segundo a estimativa da IEA, a demanda deve aumentar anualmente em 1,2 milhão de bdp até 2024.
“Ainda assim, a IEA continua a não ver um pico na demanda, pois as petroquímicas e o combustível de aviação continuam sendo os principais impulsionadores do crescimento, particularmente nos EUA e na Ásia, mais do que compensando a desaceleração da gasolina devido aos ganhos de eficiência e carros elétricos“, explicou a IEA, cuja sede fica em Paris.
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Demanda por petróleo
Em 1º de janeiro, a Opep+ iniciou a novos cortes de produção, como prevenção a um possível excesso de oferta. O grupo concordou em reduzir a oferta em 1,2 milhão de barris por dia (bpd) por seis meses.
O ministro do petróleo da Arábia Saudita, Khalid al-Falih comunicou, no domingo (10), que a demanda global total por petróleo deverá crescer em torno de 1,5 milhão de barris por dia, neste ano.
“Se você olhar para a Venezuela sozinho, você entraria em pânico. Se você olhar para os EUA, diria que o mundo está cheio de petróleo. Você precisa olhar para o mercado como um todo. Pensamos que a demanda de 2019 é realmente saudável”, disse Falih.
O ministro acrescentou que a demanda chinesa vem quebrando recordes mês após mês. A estimativa de Falih é que o país romperá 11 milhões de bpd este ano.
Além disto, juntamente com a China e os EUA, a expansão econômica da Índia tem estimulado o crescimento da demanda global por petróleo.