Pesquisa Economatica: lucro de empresas da B3 (B3SA3) sobe 17 vezes no 2T21

Foi um avanço de 1.615%, atingindo R$ 157 bilhões — enquanto que, em 2020, o mesmo número chegou a R$ 9 bilhões, Essa foi a conclusão do levantamento feito pela Economatica sobre o lucro das empresas listadas na B3 (B3SA3) no segundo trimestre de 2021.

O aumento da vacinação e a retomada gradual das atividades econômicas contribuíram para uma forte alta nos lucros das empresas brasileiras listadas na Bolsa de Valores. As companhias não financeiras da B3 tiveram crescimento de 1.026% no lucro, na comparação com igual período de 2020, para R$ 74 bilhões, em conta que exclui as gigantes Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4).

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Quando a petroleira e a mineradora são incluídas, o avanço nos lucros salta para 1.615%, chegando a R$ 157 bilhões, ante R$ 9 bilhões do ano passado. As informações fazem parte de um levantamento feito pela Economatica, obtido com exclusividade pelo Estadão/Broadcast.

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Efeito positivo do preço das commodities

“Até 2019, estava começando uma recuperação bem relevante (das empresas brasileiras), destruída em 2020 pela pandemia”, diz Einar Rivero, gerente de relacionamento institucional da Economatica, que destaca também o avanço das empresas não financeiras em relação aos bancos. “As empresas estão voltando a andar, os resultados são muito alentadores e a expectativa para o ano, também.”

Embora também tenham recuperado parte do impacto da pandemia, os bancos viram seus lucros registrarem um avanço mais tímido no segundo trimestre. As 21 empresas do setor somaram lucros de R$ 26 bilhões, alta de 89% em relação a igual período do ano passado.

Além de Vale e Petrobras, é possível notar o efeito positivo do preço das commodities e do dólar alto nos resultados. Setores como siderurgia, química e papel e celulose viram os lucros dispararem no período.

De 24 setores analisados, apenas o de educação, com quatro empresas, registrou prejuízo no segundo trimestre, ainda que menor do que em 2020.

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Cautela em relação aos lucros

Para Claudia Yoshinaga, coordenadora do Centro de Estudos em Finanças da FGV/ Eaesp, os resultados do trimestre que apontam lucros maiores são uma fotografia do passado e ainda estão bastante contaminados por efeitos como commodities e dólar.

Embora reconheça os impactos potenciais positivos para a economia, ela afirma que é preciso ter cautela porque há efeitos não duradouros e ainda muita desigualdade no desempenho entre setores.

“Começam a aparecer sinais positivos e está diminuindo a desgraça que foi a pandemia, mas não dá para dizer que é recuperação de todo mundo”. diz Yoshinaga.

Ela lembra que o resultado das companhias listadas é diferente da realidade das empresas pequenas – muitas das quais não conseguiram sobreviver à crise. Além disso, há riscos ainda presentes nos próximos meses, como o ritmo de vacinação e as novas variantes da covid-19. Analistas também têm destacado com mais preocupação temas como a saúde fiscal do País e a crise política que podem afetar os lucros das empresas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Redação Suno Notícias

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