Banco Inter (BIDI11) fecha em forte queda, seis dias após o balanço. Saiba o motivo

Por volta das 16h15 dessa terça-feira (17), a ação do Banco Inter (BIDI11) operava em forte queda de 5,45%, cotada a R$ 60,70. O papel encerrou o pregão valendo R$ 61,99, perdendo um pouco menos — 3,44%.

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O banco digital reportou que seu lucro líquido foi de R$ 18,2 milhões no segundo trimestre, valor sete vezes maior que verificado no mesmo período de 2020. Ainda assim suas ações vêm verificando quedas. Há alguns motivos para isso. Primeiro, o papel do Banco Inter está sendo puxado, junto com o setor de tecnologia, pela incerteza econômica global com a perspectiva de estímulos fiscais – o que ficou evidente nesta terça (17).

Além disso, na avaliação de João Beck, economista e sócio da BRA, o desempenho do papel do banco digital ainda é uma continuação da resposta do mercado para os resultados da companhia, que, apesar de terem sido positivos, trouxeram dúvidas.

“A expectativa do mercado em relação a essa empresa é gigantesca, assim como o preço das ações. O lucro foi quase 7 vezes maior que o ano passado, mas os papéis estavam tão caros que não se ajustam à realidade”, avalia ele.

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O banco digital vem operando em queda desde que divulgou seu balanço do segundo trimestre desse ano. É que o mercado esperava mais do resultado do Banco Inter.

A companhia lucrou R$ 18 milhões entre abril e junho deste ano, valor 35% menor do que o esperado pelo BTG Pactual (BPAC11).

Na avaliação do BTG, o lucro do semestre está sendo pressionado: “impactado pelas despesas de cashback e de processamento de dados, além de maiores provisões para créditos de liquidação duvidosa, o lucro líquido ainda foi baixo.”

Por outro lado, o BTG acredita que a receita líquida foi um destaque positivo “com todas as verticais indo muito bem: bancário, crédito, shopping, seguros e investimentos.”

Para o BTG, Banco Inter está no caminho certo

Entretanto, em relatório, o BTG ainda reforçou sua visão positiva para o banco digital, e afirmou que a companhia está “no caminho certo” — o que pode tirar as ações desse período de baixa até no curto prazo.

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“No geral, foi um primeiro semestre forte em termos de crescimento para o Inter. O maior apetite para aumentar a carteira de empréstimos, a parceria com a Stone e o recente follow-on aumentam nossa confiança na tese de investimento” afirmou o BTG.

Já em relação ao lucro do Banco Inter, o BTG aponta que “embora a lucratividade permaneça baixa, a maioria dos KPIs que gostamos de acompanhar parece estar se movendo na direção certa. A ação subiu 124% no acumulado do ano e, apesar de um valuation forte, continuamos otimistas com a tese e reiteramos o Inter como uma de nossas principais escolhas.”

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Laura Moutinho

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