Lupo contratou XP e Itaú BBA e deve protocolar pedido de IPO, diz jornal

A Lupo, que fabrica e comercializa algumas peças de vestuário, deve aprovar um pedido para realizar sua oferta pública de ações (IPO) na bolsa. A decisão deve ser tomada na próxima assembleia de acionistas, marcada para o dia 16. A informação é do jornal Valor Econômico.

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A oferta feita pela Lupo será de papéis ordinários (com direito a voto) dos próprios sócios, mas também deve incluir novas ações, para reforçar o caixa da empresa, segundo o documento de convocação dos acionistas publicado.

Já havia citação, por parte dos controladores, de uma “profissionalização” da gestão da companhia – o que pode ser um indicativo em relação ao movimento de torná-la uma empresa de capital aberto.

A XP e o Itaú BBA já foram contratados para dar cabo a essa operação, acrescenta reportagem do jornal.

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A companhia, assim, deve estrear na bolsa em um ano recorde de IPOs, com várias companhias abrindo seu capital nos últimos meses, superando a alta de 2020 (que já era expressiva em relação aos anos anteriores).

O plano é que, com mais caixa, a Lupo possa chegar na sua meta de 1,2 mil lojas em 2025, como já relatado anteriormente.

Lupo já havia ensaiado IPO anteriormente

Ainda em maio deste ano, a Lupo teria contratado um sindicato de bancos para realizar a sua abertura de capital, incluindo Itaú BBA, XP, BTG Pactual (BPAC11) e Bank of America.

Em 2020, a Lupo viu suas vendas caírem 18%, para R$ 736 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuou para R$ 57 milhões, ante R$ 163 milhões em 2019.

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A empresa diversifica suas áreas de atuação desde 1990. Deixou o mercado de meias para comercializar cuecas, avançou para lingeries e, desde 2010, possui a Lupo Sport: marca de roupas casuais que conta com tops, camisetas e shorts. Segundo comentários, esta será o foco da expansão da companhia nos próximos anos.

A Lupo, atualmente, é líder absoluta do mercado em que atua majoritariamente, tendo um market share de 11,2% nas categorias de moda íntima e meias. Nas últimas duas décadas, cresceu 3,2 vezes mais do que as demais varejistas.

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Eduardo Vargas

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