Vale (VALE3) tem forte queda com tombo do minério de ferro; CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5) acompanham

O dia é vermelho para as empresas ligadas ao minério de ferro. A commodity fechou o dia com queda de 6,6% na China, com a tonelada negociada a US$ 171,55. Naturalmente, a Vale (VALE3) cai junto.

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Por volta das 11h, a mineradora recuava cerca de 3,5%, para R$ 108,52. A baixa da Vale, maior posição da carteira teórica do Ibovespa, não impede o índice de subir cerca de 1,22% no mesmo horário, para 123.285 pontos.

A queda do minério de ferro porto de Qingdao foi reportada pela Fastmarkets MB, que leva em consideração o minério com teor de 62%. O mercado encontra algumas razões para justificar o movimento negativo da commodity.

Ainda existe a percepção de que o governo da China seguirá impondo restrições à produção de aço no país. Segundo as autoridades, a ideia é cumprir as metas ambientais estabelecidas.

Junto a isso, o perfil da recuperação econômica chinesa também levanta dúvidas. A retomada, que tende a ser pouco pautada em massivos investimentos em infraestrutura, traz dilemas aos investidores.

Com a queda de hoje, a cotação da principal matéria-prima do aço recuou para seu menor patamar em quatro meses no mercado à vista. O mês de agosto, que começou nesta semana, já amarga uma queda de 5,5% do minério. No ano, a alta é de 6,9%.

Siderúrgicas acompanham Vale

Consequentemente, o dia também não é positivo para Usiminas (USIM5), CSN (CSNA3) e Gerdau (GGBR4).

O mercado já precifica uma queda na rentabilidade das empresas, mesmo em meio à temporada de balanços que deve registrar bons números no segundo trimestre.

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A Usiminas apresentou lucro e receita recordes entre abril e junho deste ano, após vender maior volume de aço desde 2014. O lucro líquido ficou em R$ 4,54 bilhões, revertendo o prejuízo de R$ 395 milhões do mesmo período do ano passado.

A CSN, por sua vez, viu seus ganhos dispararem 1.136%, para R$ 5,51 bilhões. A receita líquida, que somou R$ 15,4 bilhões, foi proporcionada com um maior volume de venda no mercado interno, impulsionado pelos preços praticados.

Ambas as empresas caem 1,50% e 4,67%, respectivamente. A Gerdau cai mais 3%.

Na última semana, a Vale divulgou o maior lucro da história entre as empresas brasileiras de capital aberto. Mesmo assim, desde então, os papéis caíram 7,5%.

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Jader Lazarini

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