PIB dos Estados Unidos cresce 6,5% no segundo trimestre; mercados sobem

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu à taxa anualizada de 6,5% no segundo trimestre deste ano, segundo a primeira leitura do indicador, divulgada pelo Departamento do Comércio nesta quinta-feira (29).

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O resultado do PIB ficou abaixo da mediana de estimativas consultadas pelo Projeções Broadcast, que era de avanço de 8,5%. A economia norte-americana foi impactada pelos efeitos das restrições da cadeia de suprimentos, mitigando o forte avanço dos gastos dos consumidores.

O documento divulgado pelo Departamento de Comércio destaca a robusta recuperação na demanda das famílias, ao passo que a oferta não tem acompanhado esse volume de gastos. Com as empresas não conseguindo manter estoques suficientes para atender os consumidores, o avanço econômico foi freado.

O consumo pessoal, inclusive, excedeu as previsões do mercado, uma vez que a população estadunidense está com excesso de poupança e o estágio da vacinação já permite maiores gastos fora de casa, sobretudo em alimentação.

Essa linha do resultado subiu 11,8% de forma anualizada. Por outro lado, os estoques pesaram 1,1 ponto percentual contra o PIB. O investimento em residências também reduziu o crescimento da economia em 0,5%.

O relatório mostrou que a economia norte-americana já está no mesmo patamar do pré-pandemia. O valor ajustado pela inflação de bens e serviços produzidos internamente avançou para US$ 19,36 trilhões anualizados.

No primeiro trimestre de 2021, o PIB dos Estados Unidos teve expansão anualizada de 6,1%, 0,1 ponto porcentual abaixo da estimativa anterior.

O Departamento do Comércio norte-americano informou também que o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) subiu à taxa anualizada de 6,4% entre abril e junho. Já o núcleo do PCE, que desconsidera preços de alimentos e energia, avançou 6,1% no mesmo intervalo.

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Mercados sobem com dados do PIB

Por mais que o PIB tenha vindo abaixo das estimativas como um todo, a visão que fica é que a economia está se recuperando e que o desequilíbrio entre oferta e demanda tende a se ajustar nos próximos meses.

Ao menos esse é o entendimento dos mercados. O S&P 500, que mais cedo operava em queda no mercado futuro, agora avança quase 0,5%.

O rendimento das Treasuries de 10 anos também subiu, ao passo que o dólar perdeu força frente às demais moedas.

Além do PIB, os investidores também veem com bons olhos o posicionamento do Federal Reserve (Fed) em permanecer com as políticas de liquidez no mercado em apoio à economia.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Jader Lazarini

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