Demanda aquecida: lucro da Dexco (DXCO3), ex-Duratex, sobe mais de 100 vezes no 2TRI21

Em balanço do segundo trimestre, divulgado nesta quarta (28), a Dexco (DXCO3), nome que substituiu o da Duratex (cujo ticker era DTEX3), reportou alta no lucro líquido equivalente a mais 100 vezes do que foi informado no mesmo período em 2020.

O lucro recorrente totalizou R$ 251 milhões entre abril e junho de 2021, enquanto que, no trimestre de igual período no ano passado, a companhia obteve um resultado de R$ 2,2 milhões. O salto nos números reflete a demanda aquecida por materiais de construção, especialmente nas linhas de revestimentos cerâmicos e metais sanitários, nos quais a companhia atua.

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A base de comparação mais fraca também ajuda a explicar o grande crescimento porcentual do lucro. O segundo trimestre do ano passado foi marcado pela chegada da pandemia, que provocou fechamento temporário de fábricas, com quedas nas expedições e nas vendas.

Ebitida recorde

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado e recorrente somou R$ 500 milhões, alta de 320% na mesma base de comparação. A margem Ebitda passou de 11,4% para 25,3%.

A Dexco destacou que o Ebitda foi recorde, ficando bem acima do segundo melhor trimestre da história da companhia. Isso ocorreu em segundo trimestre de 2013, quando esse dado operacional chegou a R$ 304 milhões.

A receita líquida totalizou R$ 1,974 bilhão, aumento de 89%. A margem bruta avançou de 25,6% para 35,1%.

A Dexco encerrou o segundo trimestre com dívida líquida de R$ 1,771 bilhão, baixa de 18,7% em um ano. A alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda recorrente) recuou de 2,6 vezes para 0,9 vezes. A companhia tem R$ 1,326 bilhão em caixa.

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Dexco: divisão madeira amplia receita

A divisão madeira ampliou as expedições em 51% no segundo trimestre na comparação anual. A receita líquida deste segmento cresceu 101%, para R$ 1,118 bilhão, enquanto o Ebitda ajustado e recorrente bateu em R$ 333 milhões, alta de 373%.

Além da demanda aquecida, a empresa citou que houve ‘posicionamento estratégico’ de preços e melhora no mix de produtos comercializados. A divisão opera com 89% da sua capacidade instalada.

A divisão Deca, de louças e metais sanitários, ampliou sua expedição em 49% no segundo trimestre. A receita cresceu 71%, para R$ 556 milhões, enquanto o Ebitda ajustado e recorrente subiu 201%, para R$ 89 milhões.

Segundo a companhia, houve maior demanda pelos produtos do setor combinados com reajustes de preços para compensar os aumentos nos custos de produção.

Divisão de cerâmicos

A Divisão de Cerâmicos registrou crescimento de 54% nas expedições. A receita cresceu 80%, para R$ 300 milhões, enquanto o Ebitda ajustado e recorrente subiu 310%, para R$ 79 milhões.

A Dexco apontou melhora do mix de produtos comercializados e ajuste de preço impulsionando a receita unitária. Também mencionou ganhos de eficiência e captura de sinergias compensando os impactos de aumento de insumos.

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Dexco: início da operação da fábrica de celulose solúvel

A Dexco informou que o início da operação da fábrica de celulose solúvel está prevista para março de 2022 (a previsão original era fevereiro). Até o momento, 72% da construção já foi finalizada. A unidade ficará no Triângulo Mineiro.

A LD Celulose será a empresa resultante de parceria entre a austríaca Lenzing e a brasileira Dexco. A nova planta receberá investimento de R$ 5,2 bilhões e terá capacidade para produção anual de 500 mil toneladas de celulose solúvel.

(Com informações da Agência Estado)

Redação Suno Notícias

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