Ibovespa cai 1,5%, com temores vindos da Ásia e incertezas da pandemia; CVC (CVCB3) tomba 5%
O Ibovespa acentua a queda no início da tarde desta terça-feira (27), acompanhando o cenário conturbado no exterior, com o pessismo vindo da Ásia. Por um lado, os investidores digerem bons dados corporativos do segundo trimestre; do outro, a retomada econômica mostra-se incerta.
Por volta das 13h50, o Ibovespa recuava 1,52%, para 124.091 pontos. Da mesma forma, o dólar acompanha a tendência negativa e opera em queda, sendo negociado na venda a R$ 5,17.
Nos Estados Unidos, as atenções são voltadas às divulgações de resultados pelas big techs. Após o fechamento do mercado, Apple (AAPL34) e Microsoft (MFST34) divulgarão seus números. O mercado também aguarda as definições de política monetária do Federal Reserve (Fed) nesta semana.
Na Ásia, os mercados desabam com novas políticas internvecionistas da China. A Bolsa de Hong Kong caiu mais de 8% em dois pregões, com o governo chinês apertando o cerco sobre empresas de tecnologia e educação.
A pandemia também segue no radar dos investidores, com a variante Delta contribuindo para o aumento de infecções diárias no Reino Unido, que está no maior patamar desde janeiro.
Os temas que movimentam o Ibovespa hoje
- BC autoriza cisão de Itaú e XP;
- Lucro da Tim dispara;
- Recorde da Engie.
Banco Central aprova separação entre Itaú e XP
O Banco Central (BC) informou, nesta manhã, que aprovou a cisão da participação do Itaú (ITUB4) na XP. De acordo com a autoridade monetária central, a decisão foi tomada após uma análise concorrencial e prudencial.
Na nota divulgada, o BC disse que não foram verificados riscos prudenciais ou concorrenciais para o Sistema Financeiro Nacional (SFN) nessa alteração organizacional.
Vale lembrar que as ações da XP em posse do Itaú serão transferidas para a XPart, nova empresa do grupo Itaú, mas que não faz parte do conglomerado bancário.
Em um dia vermelho, as ações de Itaú e Itaúsa são duas das únicas que compõem o Ibovespa e apresentam desempenho positivo no pregão.
Tim lucra R$ 672 milhões no segundo trimestre, alta de 151%
Outra empresa que opera levemente no azul nesta tarde é a Tim. A operadora de telefonia apresentou seus resultados do período entre abril e junho deste ano antes da abertura do pregão, e que acabou sendo bem visto pelo mercado.
O lucro líquido atingiu R$ 672 milhões no segundo trimestre, valor equivalente a um avanço de 151,3% na comparação com o mesmo período no ano passado, quando havia registrado ganho de R$ 267 milhões.
A receita líquida da empresa totalizou R$ 4,4 bilhões, alta de 10,5% na comparação na mesma base comparativa. Na análise da empresa, o balanço demonstra o crescimento do ritmo de expansão, “mantendo a trajetória de recuperação observada desde o terceiro trimestre de 2020”.
Vale ressaltar a alta de 15,8% nos custos e despesas operacionais, que totalizaram R$ 2,3 bilhões. Essa linha foi impactada pela aquisição dos ativos móveis da Oi (OIBR3) e a restruturação da FiberCo, sua unidade de fibra ótica.
Engie opera estável após divulgar recorde
A Engie (ENGI3) informou ter atingido máxima recorde de geração de energia eólica, produzindo 1.105,19 megawatts em uma média de cinco minutos. A empresa tem procurado expandir seu fator de capacidade e sua participação no segmento.
O incremento em seu fator de capacidade de geração eólica no decorrer do primeiro semestre foi de 10,6%, em comparação ao mesmo período de 2020. Em 22 de julho, o terceiro dia no mês em que a companhia atingiu picos superiores a 1 gigawatt, o fator de capacidade chegou a bater 89,2%.
Na visão da Guide Investimentos, os números apresentados pela empresa hoje são marginalmente positivos para as ações da elétrica.
“Vemos a notícia com bons olhos, que coincide com a crise hídrica, que tem afetado bastante a geração de energia por meio da matriz elétrica”, comenta o analista Luis Sales. Para ele, a companhia tem demonstrado boa execução operacional em sua diversificação do portfólio de geração.
Maiores altas do Ibovespa
Confira as altas do índice Ibovespa, por volta das 13h45:
- CPFL (CPFE3): +1,89%
- Itaú (ITUB4): +0,88%
- JBS (JBSS3): +0,60%
- Itaúsa (ITSA4): +0,18%
- Taesa (TAEE11): +0,21%
Maiores baixas do Ibovespa
No mesmo horário, as maiores baixas do Ibovespa eram:
- PetroRio (PRIO3): -4,32%
- Braskem (BRKM5): -4,45%
- Locaweb (LWSA3): -4,44%
- Inter (BIDI11): -4,67%
- CVC (CVCB3): -5,05%
Bolsas mundiais
Além do índice Bovespa, confira a cotação dos principais índices mundiais nesta tarde:
- S&P 500: -0,88%
- DAX 30 (Alemanha): -0,64%
- FTSE 100 (Inglaterra): -0,42%
- Euro Stoxx 50: -0,92%
- SSE Composite (Xangai): -2,49% (fechada)
- Nikkei 225 (Japão): +0,49% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
De forma distinta ao Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última segunda com uma alta de 0,76%, aos 126.003,86 pontos.