Ações da Renova (RNEW4) disparam 17% após venda por R$ 1,1 bilhão

As ações da Renova Energia (RNEW4) dispararam no pregão desta quarta-feira (21). Por volta das 11h30, os papéis preferenciais da companhia subiam cerca de 17%, para R$ 4,14, sendo o destaque de toda a Bolsa brasileira.

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As ações da companhia são alvo de compra pelos investidores após a Renova ter aceitado a proposta do Mubadala, fundo soberano dos Emirados Árabes, para a venda da Brasil PCH. O valor fechado é de R$ 1,1 bilhão.

A Brasil PCH é uma subsidiária que fica sob o guarda-chuva do Grupo Renova. A sigla que compõe o nome da empresa faz referência a Pequenas Centrais Hidrelétricas — as quais a subsidiária possui 13, localizadas em Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Segundo a Renova, o Mubadala realizou a ofensiva nas negociações por meio de uma oferta Stalking Horse, ou “primeiro oponente”, quando o proponente faz a primeira oferta e leva o direito de igualá-la a de outros que estejam interessados no ativo.

A Brasil PCH agora passará a ter 51% do seu capital controlado pelo fundo. A transação foi comunicada por meio de um fato relevante, após o fechamento do pregão da última terça-feira (20).

Renova avança na recuperação judicial

O negócio chama atenção do mercado pois a Brasil PCH é considerada com o principal ativo do Grupo.

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Especialistas do mercado consideram a venda do ativo como um possível instrumento para sanar questões financeiras pendentes, uma vez que a Renova Energia encontra-se em recuperação judicial.

“A transação faz parte da estratégia da companhia para o seu saudável soerguimento e diminuição de seus passivos, destinando os recursos obtidos com a transação, especialmente para o pré-pagamento do Empréstimo DIP Ponte contratado perante a Quadra Capital e desembolsado no início desse ano”, disse a empresa.

A recuperação judicial da empresa iniciou-se em outubro de 2019. Na época, suas dívidas chegavam a R$ 3 bilhões.

A Cemig GT, o braço de geração de energia da mineira Cemig (CMIG3), é a principal acionista da Renova, com 29,7% das ações ordinárias.

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Jader Lazarini

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