Auxílio emergencial diminuiu porque não há mais como se endividar, diz Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro se defendeu mais uma vez das críticas pela redução do valor do auxílio emergencial de R$ 600 para R$ 250 em 2021. “Diminuiu porque não tem mais como se endividar”, justificou na manhã desta terça-feira (20), em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.
Bolsonaro também voltou a dizer que o Bolsa Família receberá reajuste de pelo menos 50% até novembro. Em seguida, disparou contra seu principal antagonista nas pesquisas eleitorais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“O pessoal já esqueceu tudo o que o Lula e a Dilma fizeram contra o Brasil? O Haddad ficou 12 anos no Ministério da Educação e só fez besteira”. disparou.
Os levantamentos de institutos de pesquisa têm revelado desgaste da popularidade de Bolsonaro perante o eleitorado. O presidente também criticou o posicionamento de Lula em relação às manifestações populares em Cuba, onde, segundo Bolsonaro, “tem jovens morrendo pela liberdade”.
“Aqui no Brasil tem jovens loucos para perder a liberdade”, disse.
Bolsonaro: Se Deus quiser, as privatizações prosperarão
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) demonstrou otimismo em relação à aprovação da privatização dos Correios no Congresso. Durante um discurso na cerimônia de sanção da Lei de Capitalização da Eletrobras (ELET3), o mandatário disse que “se Deus quiser, elas prosperarão (as privatizações) e o Brasil cada vez mais se tornará um país menos inchado”.
Bolsonaro também admitiu que fez votos equivocados em matérias relativas à economia durante o período no qual exerceu mandato de deputado federal.
“Fui, ao longo do tempo, aprendendo a votar nas questões econômicas. Paulo Guedes [atual ministro da Economia], você não se aproximaria de mim”, brincou o político.
Em seu período como parlamentar, Jair Bolsonaro se opôs à reforma da previdência proposta pelo governo Temer e criticou duramente o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pela venda de companhias estatais na década de 1990. Em declaração intempestiva, chegou a dizer que o tucano deveria ter sido fuzilado pelas medidas.
O discurso econômico liberal entrou na agenda de Bolsonaro às vésperas das eleições presidenciais de 2018, quando antagonizou com o Partido dos Trabalhadores (PT).
Com informações do Estadão Conteúdo