Bancos ampliam linhas de crédito para atender demanda por energia solar

O empresário Roberto La Sardo, dono de uma loja de materiais de construção em Bragança Paulista (SP), foi convencido pelo filho de que instalar painéis solares poderia gerar uma grande economia. Com isso, no ano passado, foi atrás de bancos para buscar um financiamento de R$ 18 mil para colocar os equipamentos em sua casa.

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O capital fornecido pelos bancos já traz resultados: em vez de pagar em média R$ 520 em suas contas de energia, passou a pagar R$ 70. “Hoje, a economia que eu tenho na conta de energia já paga as parcelas do financiamento“, afirma La Sardo.

Assim como o empresário, diversas pessoas estão buscando em bancos financiamentos para instalar painéis solares. Apenas em 2020, o volume de crédito para a geração distribuída alcançou R$ 4,1 bilhões, crescimento de 28% em relação ao ano anterior, segundo a consultoria Cela Clean Energy Latin America.

Essa conta deve aumentar ainda mais em meio à crise hídrica, segundo Cássio Schmitt, diretor de produtos de crédito do Santander (SANB11).

Por mês, o banco tem visto a sua carteira de crédito subir mais de R$ 100 milhões. O total financiado até agora pela instituição é de R$ 1,5 bilhão, e Schmitt enxerga que chegará aos R$ 2 bilhões em questão de meses.

“A inadimplência é baixa, pois os clientes usam parte da economia que têm com a energia solar para pagar as parcelas”, afirma.

Bancos diversificam carteira de crédito com crise energética

O BV, por sua vez, decidiu criar um braço independente para tocar a alta da demanda. Chamado de Meu Financiamento Solar, a plataforma nasceu em 2017 e, no ano passado, começou a fazer também as contratações de maneira digital.

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O tíquete médio do financiamento é de R$ 31 mil, para as pessoas físicas, e de R$ 85 mil, para empresas. Já a proporção de contratantes, segundo Carolina Reis, diretora da plataforma, é de 70%, para pessoas físicas, e 30%, para as jurídicas.

No primeiro trimestre de 2021, a carteira do BV cresceu 263%, a R$ 1,2 bilhão. “A barreira de entrada está muito pequena e está chamando a atenção dos consumidores e empresas”, diz. O crescimento da carteira de crédito dos bancos no segundo trimestre é um dos destaques esperados por especialistas.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Jader Lazarini

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