Eletrobras (ELET3) anuncia captação por Furnas no total de R$ 1,6 bi

A Eletrobras (ELET3) aprovou, nesta sexta (16), captar o montante de R$ 1,6 bilhão pela sua controlada Furnas Centrais Elétricas. A decisão foi chancelada pelo Conselho de Administração da companhia.

De acordo com comunicado da companhia, os recursos serão usados para pagar dívidas mais onerosas.  Servirão também para o cumprimento do programa de investimentos do biênio 2021/2022.

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Quatro operações nas captações

As captações serão feitas por meio de quatro operações:

  • com o Banco da Amazônia (BASA), no valor de R$ 200 milhões e prazo de pagamento em cinco anos;
  • com o Itaú (ITUB4), de R$ 500 milhões e prazo de cinco anos;
  • com o Banco do Brasil (BBAS3), no valor de R$ 600 milhões e prazo de pagamento em sete anos;
  • e com o Bradesco (BBDC4), de R$ 300 milhões e prazo de sete anos.

Eletrobras deverá avaliar ingresso no novo mercado da B3

Nesta sexta, o presidente da estatal elétrica, Rodrigo Limp, disse que a Eletrobras poderá ingressar no novo mercado da B3 após a capitalização da empresa.

Mas isso não deverá acontecer junto com a desestatização, segundo Limp. Mudanças na estrutura da empresa também devem ser decididas após a venda do controle da União, no início do ano que vem.

“Os novos acionistas poderão discutir a estrutura mais eficiente da empresa. Hoje, a premissa é racionalizar as participações acionárias da Eletrobras, reduzi-las. Existe a possibilidade dessa redução continuar no próximo ano”, afirmou Limp, em evento virtual promovido pela agência de notícias especializadas Canal Energia.

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Segundo o executivo, não há perspectiva de as grandes empresas controladas pela estatal serem desmembradas da controladora após a capitalização.

Plano de investimento da Eletrobras de 2022 a 2026

Da mesma forma, a Eletrobras deve manter participação acionária na Eletronuclear. Mas o modelo de como isso vai acontecer ainda não está definido. As obras e contratações da usina nuclear Angra 3 não serão interrompidas.

O plano de investimento para o período de 2022 a 2026 está sendo elaborado e já considera a capitalização da empresa, segundo Limp.

Com a venda do controle da União, é projetado um orçamento de R$ 200 milhões nos cinco anos, praticamente o dobro do que seria investido sem a capitalização.

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O aumento do orçamento, no entanto, deverá ser gradual e não deve ser tão evidente no próximo ano.

Limp afirmou ainda que a Eletrobras continua aberta a novos negócios e que não descarta a participação em novos leilões. O avanço nos segmentos de renováveis, de comercialização e no mercado livre estão no radar.

Governo estuda oferta externa para a Eletrobras

O governo está avaliando estender a operação de capitalização da Eletrobras para o mercado internacional, informou, também nesta sexta (16), o presidente da estatal, Rodrigo Limp, em almoço com empresários promovido pela Fecomercio. Ele garantiu também que a sede da companhia permanecerá no Rio de Janeiro.

De acordo com a assessoria de Limp, ele deixou claro no evento que nada está definido sobre a oferta externa, possivelmente na Bolsa de Nova York, e frisou que a responsabilidade da modelagem da venda é do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que contratou recentemente um consórcio de bancos para assessorá-lo.

Ele ressaltou que a empresa está listada nas bolsas de Nova York e Madri, além da B3, em São Paulo, o que facilita a operação.

Sobre a permanência da Eletrobras no Rio de Janeiro, uma cobrança dos empresários presentes ao almoço, Limp garantiu que a empresa não vai sair do Estado.

Na época da privatização da Vale, a pressão dos empresários fluminenses garantiu uma cláusula na golden share, ação especial que fica com o governo após a privatização, mantendo a sede da mineradora no Rio, onde permanece até hoje.

“Não está nos planos deixar o Rio de Janeiro”, reforçou, segundo a assessoria. A decisão, porém, deverá ser tomada pelos novos controladores da Eletrobras.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

 

Redação Suno Notícias

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