EUA: democratas fecham acordo para plano voltado à classe média, diz senador
Os democratas membros do Comitê de Orçamento do Senado dos Estados Unidos chegaram a um acordo por um plano de investimentos voltado à classe média de US$ 3,5 trilhões. A informação foi dada pelo líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, em sua conta oficial no Twitter.
“Temos um acordo sobre uma resolução orçamentária que fará o maior investimento na classe média em décadas para: criar empregos, reconstruir a infraestrutura, agir na questão climática, expandir o Medicare”, publicou o senador. Medicare é um sistema de seguros de saúde gerido pelo governo dos EUA.
O conjunto de medidas deve ser apresentado ao presidente Joe Biden ainda nesta quarta-feira (14) e posteriormente levado para apreciação de todos os senadores, da situação e da oposição. Hoje, a maioria governista no Senado é estreita, de apenas um voto.
O plano trilionário de investimentos voltado à classe média vem na esteira de vários projetos do Partido Democrata de injeção de dinheiro na economia, visando embalar a recuperação da atividade após o choque da covid-19. Já está em discussão no Parlamento americano um programa de fomento à infraestrutura, enviado pela Casa Branca, de US$ 1 trilhão. A pauta, porém, enfrenta resistências no Congresso – e divide, inclusive, a base parlamentar de Biden.
Fed: alta de salários nos EUA contribui para avanço inflacionário
Presidente da distrital de Richmond do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Thomas Barkin afirmou nesta terça-feira (13) que o atual aumento no nível dos salários nos Estados Unidos tem exercido pressão de alta sobre a inflação no país. Ainda que outros fatores, como gargalos na oferta de suprimentos, estejam provocando o avanço inflacionário, a “pressão salarial” também é parte da equação, segundo ele.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA subiu 0,9% em junho ante maio, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta terça-feira pelo Departamento do Trabalho. O resultado veio bem acima da mediana das previsões de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de alta de 0,5%.
Em texto publicado no site do Fed de Richmond nesta terça, Barkin explica que a alta nos salários se dá pelo aumento do “salário de reserva”, como é chamado o menor valor de pagamento pelo qual um trabalhador desempregado estaria disposto a receber para aceitar um emprego.
De acordo com o dirigente do banco central dos Estados Unidos, o salário de reserva de trabalhadores com renda menor que US$ 60 mil por ano e aqueles sem diploma universitário subiu mais de US$ 10 mil, ou 26%, entre março do ano passado e igual mês de 2021.