Ibovespa: Petroleiras e aéreas sofrem mais e lideram 5 maiores quedas da semana

Com inflação, reforma tributária e tensão política no radar, o Ibovespa engatou uma queda na metade da semana, terminando o último pregão, na quinta (8), aos 125.428 pontos. Com o contexto turbulento, a esmagadora maiorias das ações do índice amargou perdas.

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Com queda de 7,9%, a PetroRio (PRIO3) apresentou o pior desempenho do Ibovespa, vendo a queda no preço junto com outras companhias, que tiveram desvalorização próximas dos 2%, em grande parte.

As cinco maiores desvalorizações, contudo, ficaram todas acima dos 6%, tendo duas aéreas e duas petroleiras no rol. Vale frisar que, de todas as ações do índice, somente 19 tiveram alta – cuja maior foi de cerca de 3%.

Além do cenário influenciado fortemente pela inflação, vale ressaltar que o dólar se valorizou frente ao Real, chegando a R$ 5,31 na quinta (8), maior valor no acumulado dos últimos 30 dias.

O fato beneficiou algumas empresas, como foi o caso da Suzano (SUZB3), mas teve influência majoritariamente negativa no mercado doméstico.

Veja abaixo as perdas acumulados dos papéis que mais caíram no Ibovespa na semana:

1. PetroRio

Em grande parte, os impasses e a ausência de um acordo nas Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) ocasionaram tendência de queda nas companhias que lidam com petróleo.

Uma das duas petroleiras da lista, a PetroRio vem de novas aquisições e perfurações, mas teve queda no acumulado da semana no Ibovespa, acompanhando a maioria do índice e terminando o último pregão cotada a R$ 19,58.

Nos acumulados, há variação de menos de 2% nas últimas semanas. Contudo, ao longo dos últimos 12 meses, as ações da petroleira somaram alta de 163%, com rally entre novembro e dezembro do ano passado, além da alta expressiva em março deste ano.

2. Azul

A aérea também teve movimentos que ocasionaram altas nas últimas semanas, mas registrou queda nos últimos sete dias, somando desvalorização de 7,85%, terminando o pregão de quinta (8) a preço de R$ 41,21.

De modo amplo, companhias aéreas tendem a sofrer mais com notícias acerca da pandemia, e a variante Delta do novo coronavírus figura agora dentre as principais preocupações.

“O mau humor nas bolsas reflete temores pela desaceleração da economia e pela disseminação da variante Delta do coronavírus, após o Japão anunciar a proibição da presença de público nos Jogos Olímpicos, além de ter decretado estado de emergência em Tóquio”, analisa a Ativa Investimentos.

Assim, há acumulado de queda de 12,7% nos últimos 30 dias. Apesar disso, nos últimos 12 meses a Azul quase dobrou de preço no Ibovespa, com alta de 91% na lacuna de tempo.

3. Petrobras

Seguindo a tendência de queda das petroleiras, os papéis de Petrobras somaram queda de 6,23% na semana, o que também influencia no índice Ibovespa, dada a relevância da estatal dentro do mesmo.

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No pregão de quinta (8), o preço final das ações da companhia era de R$ 28,16, representando queda de 1,92% nos últimos 30 dias, apesar da alta de 29,3% no ano.

4. Qualicorp

Única do setor de saúde dentre as maiores quedas, a companhia terminou a semana cotada a R$ 26,62, com queda de 6,14% na semana, ante 5,68% mensais e 3,9% de desvalorização no ano.

Assim, a Qualicorp destoa das demais companhias do setor, sendo que o Citi citou potencial de alta no setor de saúde para os próximos meses.

Ademais, a maior alta do Ibovespa no acumulado semanal foi da Raia Drogasil (RADL3), em valorização tímida de 3,35%.

5. Gol

A segunda aérea da lista amarga queda de 6,10% no acumulado semanal mesmo com os dados positivos sobre a demanda de voos – considerando a alta de 282% no quesito, segundo a própria Gol.

No acumulado mensal, a queda já é de 20%, ao passo que nos últimos 12 meses a companhia teve uma alta de 9,13% na cotação do Ibovespa.

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Eduardo Vargas

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