Small Caps: Veja as 5 que mais subiram no primeiro semestre; Méliuz (CASH3) lidera
Com uma valorização de 228% entre primeiro pregão do ano até o fim de junho, a Méliuz (CASH3) lidera as altas das small caps no primeiro semestre de 2021.
Nos seis primeiros meses do ano, as small caps tiveram um saldo positivo, surfando a onda de otimismo dos indicadores juntamente com o índice Ibovespa, que manteve o patamar de cerca de 125 mil pontos e rompeu máximas históricas nas últimas semanas.
No mesmo sentido, o SMAL11, ETF que replica a carteira teórica de small caps listadas, manteve níveis altos, com crescimento de 11,42% no semestre – em face da alta de 6,54% do Ibovespa.
Ambos os índices seguem com grande influência da retomada econômica, da agenda de reformas, aceleração da vacinação e alta do Produto Interno Bruto (PIB), que cresceu 1,2%.
Confira as 5 maiores altas das small caps no primeiro semestre:
- Méliuz (CASH3): +228,38%
- Portobello (PTBL3): +154,66%
- Banco Pan (BPAN4): +152,47%
- Positivo (POSI3): +141,76%
- Ferbasa (FESA4): +132,03%
Méliuz
A novata na bolsa fez sua oferta pública de ações em novembro de 2020, com preço a R$ 9,65, e viu cotação beirar os R$ 50 no fim de junho. Além de ter uma estratégia de cashback inovadora, a companhia visa uma ampliação do leque de serviços, com inclusão de cartão de crédito, seguros, empréstimos, serviços de pagamentos e recargas para os usuários.
A notícia mais recente da companhia, que viu suas ações subirem ainda mais no início de julho, é de uma oferta restrita de ações que pode movimentar até R$ 1,12 bilhão, com a distribuição primária de 7,5 milhões de novas ações.
Portobello
Ainda em janeiro, o Banco do Brasil Investimentos (BB-BI) incluiu os papéis da companhia no seu portfólio, mirando a alta das ações, que ficaram cotadas em R$ 17,47 no fim de junho.
A grande rentabilidade se deu no início de junho, em meio a um programa de recompra de ações, aprovado por unanimidade e sem reservas, o que também fez a empresa ficar entre as small caps mais rentáveis de do mês em questão.
Segundo o fato relevante arquivado pela Portobello, o objetivo do programa é maximizar o valor aos acionistas. O programa visa 6,5 milhões de ações, equivalente a 4,44% dos papéis em circulação.
Banco Pan
Com uma expansão gradual, o Banco Pan adota a estratégia de expandir ao máximo suas parcerias e canais. Em junho, a rentabilidade saltou consideravelmente, deixando as ações da companhia cotadas a R$ 24,06 no fim do mês.
No mesmo período, o banco controlado pelo BTG Pactual (BPAC11) viu seu número de downloads se aproximar dos do gigante Nubank, segundo relatório do Bank of America (BofA) referente ao mês de maio.
No fim do mês, o Safra revisou o modelo para o Banco Pan e elevou o preço-alvo para o papel de R$ 14,00 para R$ 28,00, enxergando a companhia como uma das principais small caps da bolsa.
Positivo
Com números animadores no balanço, a companhia anotou um lucro líquido de R$ 55,757 milhões no primeiro trimestre, avanço de 1175% em comparação com o resultado apurado um ano antes.
A Positivo explica que “esse desempenho reverte o resultado negativo do 1T20, reflexo do expressivo aumento do faturamento do período, bem como da combinação de outros fatores: melhor mix de produtos e repasse do aumento de custos das matérias-primas em decorrência da valorização cambial, no preço dos produtos e serviços vendidos, além de gestão de custo fixo”.
Com os números, a small cap conseguiu mais do que dobrar o preço de suas ações, chegando ao valor de R$ 12,33 no fim de junho.
Apesar das quedas recentes, a companhia é impulsionada por fatores como a venda de computadores e equipamentos de informática a preços mais acessíveis, além dos contratos das urnas eletrônicas, que já chegaram a R$ 1 bilhão com as autoridades eleitorais.
Ferbasa
Ainda em maio, a Cia de Ferro Ligas da Bahia, Ferbasa, aprovou o pagamento de R$ 17,484 milhões em Juros Sobre Capital Próprio (JCP). No mesmo mês, a companhia também divulgou números otimistas em seu balanço, com R$ 59,0 milhões de lucro, ante prejuízo de R$ 0,6 milhão do mesmo período de 2020.
“Esse resultado foi principalmente influenciado pela alta de 17,8% no preço médio, em dólar, dos principais produtos da Ferbasa, pela desvalorização de 1,5% no dólar médio praticado e pela queda de 5,1% no volume de vendas. Em relação ao 1T20, a receita líquida do 1T21 cresceu 49,4%”, cita a companhia, em seu resultado financeiro.
Assim, no fim de junho, a companhia teve suas ações cotadas a R$ 44,34, figurando como a quinta maior alta dentre as small caps no acumulado semestral.