JSL (JSLG3): BTG mantém recomendação de compra após proposta de fusão com Tegma (TGMA3)
Recentemente a JSL (JSLG3) apresentou uma proposta de combinação de negócios à Tegma (TGMA3), operadora logística do setor automotivo. Em relatório, o BTG Pactual considera o negócio “acretivo entre dois gigantes”.
A transação ainda está sujeita a algumas aprovações, incluindo a do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), mas apesar disso, o BTG acredita que “o negócio representa um grande evento”, pois o considera estratégico tanto para a Tegma como para a JSL.
Além disso, os analistas apontam que têm poucas preocupações em relação a autoridade antitruste, uma vez que a participação de mercado das duas empresas combinadas é inferior a 2%.
Frente a isso, o BTG destaca que mantém sua recomendação de compra em ambas as empresas.
Os analistas ainda observam a transação como “muito estratégica” para a JSL, pois leva “ainda mais complementaridade para os portfólios de serviços e clientes da empresa”.
“Além disso, a transação oferece oportunidades significativas para sinergias, incluindo ganhos de escala, diluição de custos fixos e vendas cruzadas através da ampliação da oferta de serviços da JSL para clientes da Tegma, contribuindo para o crescimento orgânico e fidelização para a relação comercial”, completa o relatório.
Segundo eles, o negócio também parece interessante para a Tegma em termos de preço e estratégia.
Na opinião do BTG, a proposta de combinação de negócios é um “home run“, fazendo alusão a uma jogada de beisebol.
JSL propõe fusão com Tegma
No final da última semana, a JSL apresentou uma proposta de combinação de negócios à Tegma. Juntas, as empresas valem R$ 4,85 bilhões com base no valor de mercado corrente.
Segundo a JSL, somadas as operações entre as empresas, a companhia combinada teria R$ 6,1 bilhões de receita bruta nos últimos 12 meses encerrados em março. A conta leva em consideração as aquisições em curso da JSL, e acarretaria em um crescimento em 86% da receita bruta da empresa no mesmo período.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) após a junção com a Tegma, nos últimos 12 meses, seria de R$ 827 milhões, um incremento de 105% sobre o Ebitda da JSL de forma isolada.
Segundo o fato relevante arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a proposta consiste no pagamento de R$ 989,06 milhões em dinheiro, além da entrega de 49,42 milhões de novas ações de emissão da JSL. Após a conclusão do negócio, os acionistas da Tegma teriam cerca de 15% do capital total da JSL.