EUA geram 850 mil postos de trabalho em junho, mas taxa de desemprego sobe a 5,9%
A economia dos Estados Unidos criou 850 mil empregos em junho, em termos líquidos, segundo dados publicados nesta sexta-feira (2) pelo Departamento do Trabalho do país.
O resultado ficou dentro da faixa de expectativa de analistas consultados pelo Estadão/ Broadcast, que previam a criação de 500 mil a 1,05 milhão de vagas no último mês, e acima da mediana de 800 mil. Já a taxa de desemprego dos EUA subiu de 5,8% em maio para 5,9% em junho. A projeção era de queda da taxa, a 5,7%.
O Departamento do Comércio também revisou os números de geração de postos em maio, de 559 mil para 583 mil, e em abril, de 278 mil para 269 mil.
Em junho, o salário médio por hora aumentou 0,33% em relação a maio, ou US$ 0,10, a US$ 30,40. Neste caso, a previsão era de alta um pouco maior, de 0,40%. Na comparação anual, houve acréscimo salarial de 3,58% em junho, também abaixo do avanço previsto de 3,70%.
Payroll foi forte, mas governo não dá ênfase a resultado pontual, diz Casa Branca
O diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Brian Deese, classificou como “forte” e “encorajador” o resultado do relatório de emprego de junho, o Payroll, que mostrou criação líquida de 850 mil novos postos de trabalho nos Estados Unidos no mês passado.
Em coletiva de imprensa, após divulgação do Payroll, Deese advertiu, contudo, que não pode dar ênfase excessiva ao indicador de apenas um mês e que o foco do governo é na tendência, e não em números pontuais.
Ele revelou ainda que o presidente americano, Joe Biden, orientou sua administração a tomar medidas para melhorar a concorrência na economia. Ele não deu detalhes das ações, mas disse que um delas visa proteger clientes de companhias áreas, com objetivo de evitar cobrança por serviços não utilizados.
Desse comentou ainda que empresas têm relatado melhora no problema de escassez de semicondutores e que o segundo trimestre parece ter sido o auge da questão.
Ainda segundo ele, a recuperação na indústria está em curso, tanto na produção quanto no emprego, apesar das dificuldades em acompanhar o avanço da demanda, que cresce mais rápido que a oferta.
Com informações do Estadão Conteúdo