‘Queremos fazer acordos comerciais no Mercosul e Argentina diz que não’, afirma Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira (25) que há problemas no Mercosul e que o Brasil defende dentro do bloco o acerto de acordos comerciais com outros países e blocos, mas que a Argentina sempre diz não.
O ministro fez esta declaração a ser instado pela senadora Katia Abreu (PP-TO), atual presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado, a não deixar que os avanços em relação ao acordo entre o Mercosul e a União Europeia não se percam. Guedes participou hoje da Comissão Temporária do Senado que acompanha a pandemia.
Ainda de acordo com o ministro sobre o acordo entre Mercosul e UE, “nos botaram de castigo por problema ambiental ou protecionismo”.
Guedes disse ainda que a Argentina assinou carta com os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em que afirmava que o Brasil ameaça o Mercosul. “É o contrário”, disse Guedes.
“Teremos problema porque a Argentina exige poder de veto e o Brasil não pode parar. Teremos problemas no Mercosul já. Não vamos sair do Mercosul, mas não estaremos em um bloco movido a ideologia”, advertiu o ministro, acrescentando que o Brasil não vai aceitar ser vetado em acordos que interessam a milhões de brasileiros.
“Teremos um problema sério no Mercosul pela frente, já vou avisando. Ou modernizamos o Mercosul ou teremos um problema. Os ministros do Uruguai e Paraguai estão conosco”, reforçou Guedes.
Guedes: vacina brasileira não vai deixar de ser produzida por falta de recursos
Durante participação em audiência na Comissão Temporária do Senado que acompanha a pandemia de covid-19, o ministro da Economia Paulo Guedes disse que só se falou sobre vacinas em janeiro passado, após o novo aumento da pandemia. Ao ser perguntado por senadores sobre o porquê de o Brasil não ter efetuado uma testagem em massa no começo da pandemia, Guedes disse que “Luiz Henrique Mandetta não falou uma palavra sobre barreiras sanitárias e testagem em massa e vacina”.
Guedes voltou a afirmar, nesta sexta-feira, que não faltarão recursos do governo federal para a produção de vacina brasileira contra o coronavírus. “Vacina brasileira não vai deixar de ser produzida por falta de recursos”. “Podemos arrumar recursos com crédito extraordinário para as sequelas da pandemia em 2022”, disse.