Safra dobra target para Banco Pan (BPAN4) de olho na transformação digital
Após o rali das ações e a divulgação da base de clientes digitais, o Safra revisou o modelo para o Banco Pan (BPAN4) e elevou o preço-alvo para o papel de R$ 14,00 para R$ 28,00.
A atualização refletiu a transformação digital do Banco Pan, que, ao contrário da concorrência, não teria de “gastar grandes quantias para atrair clientes e tem um histórico de crédito mais longo e sólido”, avaliaram Luis F. Azevedo e Silvio Dória, do Safra.
No primeiro trimestre, o Banco Pan superou a marca de 10 milhões de clientes, um ano depois do lançamento da conta digital. Seis milhões foram clientes transacionais, seja da conta corrente, cartão de crédito, ou ambos. A instituição financeira ganhou 41 mil novos clientes por dia útil. Nos primeiros três meses de 2021, o lucro líquido da companhia cresceu 11,5%, para R$ 190,27 milhões.
Os resultados alimentaram um fluxo comprador, o qual levou a uma valorização de quase 168% das ações do Banco Pan no acumulado do ano. Ainda assim, o Safra vê espaço para mais. “Continuamos a acreditar que a conta digital do BPAN deve acelerar a base de crescimento total de clientes, apoiando o crescimento dos volumes de crédito e alavancando as receitas de serviço por meio de produtos como: seguros e cartão de crédito.”
O rali nas últimas semanas aumentou os múltiplos do papel, o qual negocia hoje bem acima de bancos tradicionais e de bancos de médio porte. Apesar disso, Azevedo e Dória chamaram a atenção para outras empresas em fase de ramp up de resultados: o caso do Banco Inter (BIDI11), por exemplo. Nesta métrica, a história muda e o preço de BPAN passa a fazer mais sentido.
“O Banco ainda tem espaço para valorização em comparação com demais bancos digitais. Além disso, o Pan supera outros bancos digitais, pois já tem uma enorme base de clientes e uma marca bem estabelecida, vantagens que ainda estão subvalorizadas em nossa opinião,” escreveram em relatório.
Última cotação de Banco Pan
A ação preferencial do Banco Pan (BPAN4) fechou a quinta-feira (24) em queda de 4,42%, a R$ 24,45.