Privalia estuda IPO restrito com auxílio do BTG Pactual (BPAC11)
A Privalia, varejista de e-commerce, informou que estuda a possibilidade de realizar uma oferta pública de distribuição primária e secundária de ações ordinárias de emissão da companhia, com esforços restritos de colocação no Brasil.
A Privalia já engajou o Banco BTG Pactual (BPAC 11), na qualidade de coordenador líder, o Banco JPMorgan, o Banco Itaú BBA e o Credit Suisse (Brasil) S.A., como coordenadores da Oferta Restrita.
Uma oferta restrita nada mais é do que uma Oferta Pública de Ações (IPO), porém com investidores e entidades previamente selecionadas para participar da aquisição das ações.
Em fato relevante divulgado no site da empresa, a mesma destaca que a efetiva realização da potencial Oferta Restrita está sendo avaliada e por seus acionistas, sendo que, até a presente data, não há aprovação formal para a efetiva realização da Oferta Restrita.
Da mesma forma, não há informações sobre os possíveis termos e condições, incluindo a definição sobre o volume efetivo a ser captado, o preço por ação e o cronograma para a sua Implementação.
A companhia acrescenta que a potencial oferta restrita está sujeita, entre outros aspectos, às condições dos mercados de capitais brasileiro e internacional, às obtenção das aprovações societárias da Companhia e de seus acionistas, e à celebração dos contratos definitivos e à conclusão satisfatória dos procedimentos usuais em operações da espécie.
Privalia já ensaiou oferta antes
Anteriormente, ainda em abril, a Privalia tentou abrir seu capital na Bolsa de Valores de São Paulo. Contudo, o diretor-executivo da companhia, Fernando Boscolo, recuou e citou “esperar um momento melhor da economia nacional”.
A bolsa atingiu a máxima histórica e quebrou os recordes de fechamento durante os pregões da última quinzena, mas o varejo, ainda assim, segue sendo expressivamente penalizado pelos efeitos da pandemia – sejam eles econômicos ou de saúde.
Apesar disso, a Privalia caracteriza-se por ser uma varejista online, sendo justamente o segmento que lidou melhor com esses obstáculos, conforme ressaltado em relatórios e análises de mercado.
No anexo, prejuízo e desempenho em queda
Após informar interesse nessa possível oferta, a Privalia enviou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) um documento que demonstra seus resultados financeiros, indicando que após dois anos consecutivos de lucro, a companhia voltou ao prejuízo no ano de 2020.
A perda, anualizada, foi de R$ 14,3 milhões, ante um lucro líquido de R$ 12,3 milhões em 2019. Já em 2018, o lucro atingiu quase R$ 52 milhões.
Sobre o resultado apresentado para a CVM, referente ao ano de 2020, a Privalia cita que houve impacto negativo das despesas financeiras líquidas, que passaram para R$ 61,5 milhões, quase o triplo – o fator que contribui para que o resultado ficasse no vermelho.
Com informações do Estadão Conteúdo