BC passa a divulgar novas estatísticas de meios de pagamento
O Banco Central (BC) passará a divulgar um novo conjunto de estatísticas relacionadas aos meios de pagamentos no Brasil. Os dados abarcam pagamentos de varejo e de cartões de crédito. “Anteriormente, a publicação dos dados ficava a cargo das infraestruturas de mercado financeiro responsáveis pela liquidação de determinado meio de pagamento”, explicou o BC por meio de nota.
“Ou seja, para comparar o uso dos diversos instrumentos, era necessário consolidar as informações que estavam dispersas em vários sites. A única publicação comparativa entre os meios de pagamento era a publicação anual feita pelo BC, usualmente em agosto.”
A partir de agora, além de publicar os dados anualmente, o BC atualizará com mais frequência gráficos relacionados aos diferentes meios de pagamento, como Pix, TED, DOC, boleto, cheque, TEC, transferência interbancária, débitos diretos e saques.
“O propósito do BC é permitir o acompanhamento do mercado de pagamentos de varejo de uma forma mais tempestiva e amigável na página que acaba de ir ao ar”, disse o BC. “A intenção é que o espaço facilite a análise sobre o uso dos diversos meios de pagamento e permita o acompanhamento da digitalização dos pagamentos. Para o BC, o monitoramento desses dados é importante para subsidiar a formulação de políticas públicas e a análise de resultado da regulação para incentivar a digitalização e a inovação do setor.”
Com inflação em alta, BC eleva Selic a 4,25% e já sinaliza novo aumento
A escalada mais recente da inflação fez o Banco Central elevar, pela terceira vez consecutiva, a taxa básica de juros. A decisão anunciada na noite de quarta-feira, 16, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) foi de uma alta de 0,75 ponto porcentual, levando a Selic de 3,50% para 4,25% ao ano. Com isso, os juros no País retornaram ao patamar de fevereiro de 2020 – antes da pandemia de covid-19.
Além de elevar a Selic, o BC sinalizou que pretende fazer um novo aumento de 0,75 ponto porcentual no próximo encontro do Copom, marcado para 3 e 4 de agosto. Alguns economistas do mercado financeiro, porém, veem a possibilidade de uma alta de até 1 ponto porcentual em agosto, caso a inflação não dê trégua até lá.
O BC também passou indicações de que o atual ciclo de alta tende a colocar a Selic em patamar mais elevado do que o previsto inicialmente.
Com informações do Estadão Conteúdo