Airbus e Boeing (BOEI34): UE e EUA estão prontos para resolver disputa comercial após 17 anos, diz jornal

A União Europeia (UE) e os Estados Unidos estão prestes a resolver uma disputa comercial de 17 anos sobre subsídios a aeronaves entre a Boeing (BOEI34) e Airbus. A informação é do Financial Times.

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Diplomatas e autoridades confirmaram na noite desta segunda-feira que dois dias de negociações intensas deixaram a UE e o governo Biden à beira de confirmar um acordo sobre regras de subsídios para a Airbus e a Boeing. O acordo está definido para ser finalizado amanhã, na primeira reunião de cúpula UE-EUA do presidente norte-americano, Joe Biden, em Bruxelas.

De acordo com o jornal, os governos dos três países da Airbus na União Europeia, – Alemanha, França e Espanha – estavam sendo consultados sobre um acordo que poderia ser confirmado na manhã da terça-feira se não houver impasses de última hora.

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A disputa entre a Airbus e a Boeing é uma das batalhas mais duradouras da história da Organização Mundial do Comércio (OMC). Todavia, o assunto ganhou maior urgência depois que exportações europeias no valor de US$ 7,5 bilhões receberam tarifas extras em outubro de 2019 pelos EUA, enquanto a UE impôs tarifas adicionais sobre US$ 4 bilhões das exportações dos Estados Unidos no ano passado.

Boeing tem prejuízo recorde em 2020 com pandemia e 737 Max

A Boeing, multinacional americana que produz aviões, apresentou um prejuízo líquido de US$ 11,9 bilhões em 2020, o maior de sua série histórica, causado pela pandemia do novo coronavírus e também por conta do problema com um dos seus modelos.

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Além disso, em seu balanço de resultados, a Boeing apresentou um prejuízo por ação no quarto trimestre de 2020 de US$ 15,25, muito maior do que os US$ 1,80 projetados pelos analistas escutados pela CNBC. O prejuízo líquido nos últimos três meses de 2020 foi de US$ 8,4 bilhões, ante US$ 1,01 bilhão no mesmo intervalo de 2019.

A queda de receita líquida no mesmo período foi de 15% na base anual, com o valor ficando em US$ 15,3 bilhões. Na unidade de aviões comerciais, a receita da Boeing caiu 37% na mesma comparação, indo para US$ 4,73 bilhões. A entrega de aeronaves caiu para o nível mais baixo em décadas enquanto os cancelamentos de pedidos tiveram números recordes.

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Rafaela La Regina

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