Após notificação extrajudicial, Prevent Senior diz que não recomenda cloroquina

Após o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) notificar extrajudicialmente a  Hapvida (HAPV3) e a Prevent Senior pelo uso de cloroquina e outros medicamentos comprovadamente ineficazes contra a covid-19, a Prevent Senior informou, por meio de nota, que não recomenda, enquanto operadora de saúde, o uso de nenhuma droga ou tratamento.

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De acordo com a Prevent Senior, “os médicos têm total autonomia para adotar ou prescrever terapias ou medicamentos que julguem os mais adequados para cada paciente, levando-se em conta o histórico médico individual. Este acompanhamento é facilitado porque o histórico clínico de todos os mais de 530 mil beneficiários é registrado digitalmente, o que garante segurança à conduta dos médicos”.

“Um ponto importante: os indicadores de letalidade entre os pacientes de Covid atendidos pela Prevent estão abaixo das médias registradas tanto no País quanto no Estado de São Paulo”, completa a companhia, em nota.

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Segundo nota do Idec, as operadoras contrariam as recomendações de órgãos nacionais e internacionais e pressionam médicos a aplicarem o chamado “tratamento precoce”, colocando em risco a saúde e a segurança dos consumidores.

A entidade apresenta indícios de que a Hapvida estaria pressionando médicos a prescreverem esses produtos em pelo menos quatro Estados – Goiás, Pernambuco, Pará e Ceará. Neste último, a empresa recebeu uma multa de R$ 468 mil por parte do Ministério Público por impor a prescrição de cloroquina e hidroxicloroquina.

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No caso da Prevent Senior, o Idec reiterou uma notificação enviada à empresa em 2020 em que pedia esclarecimentos sobre a indicação de medicamentos sem eficácia comprovada para o tratamento da doença.

Idec pede que Prevent Senior interrompa envio de medicamentos sem eficácia comprovada

O Idec pede que a Hapvida e a Prevent Senior revejam imediatamente seus protocolos internos, interrompam o envio de medicamentos sem eficácia comprovada aos usuários, cessem a pressão sobre médicos e prestem esclarecimentos aos consumidores sobre os riscos do chamado “tratamento precoce” por todos os meios disponíveis, inclusive jornais de grande circulação do País.

A Hapvida e a Prevent Senior têm 15 dias corridos para responder à notificação.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Laura Moutinho

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