Ecorodovias (ECOR3) anuncia follow-on que pode movimentar até R$ 2,2 bilhões
A Ecorodovias (ECOR3) irá realizar uma oferta de ações, conhecida como follow-on, que pode movimentar até R$ 2,2 bilhões. A distribuição será feita com esforços restritos, ou seja, será destinada apenas a um grupo de investidores qualificados sem a participação aberta ao público em geral.
Segundo o fato relevante da Ecorodovias, o montante total da oferta seria de R$ 1,8 bilhão, usando como base o valor de fechamento das ações da última terça-feira (8), a R$ 13,22. Já considerando o lote adicional de ações, a operação seria de R$ 2,2 bilhões. O valor da ação ainda será definido no processo de Bookbuilding.
A oferta restrita consistirá na distribuição primária de 137,6 milhões de ações, quando serão emitidas ações novas e o dinheiro vai para o caixa da companhia. A operação também terá uma venda secundária, isto é, quando um sócio atual vende parte de seus investimentos. A Primav Infraestrutura irá se desfazer de até 34,4 milhões de papéis e esses recursos serão integralmente destinados à vendedora.
O follow-on acontecerá sob coordenação do Banco BTG Pactual (BPAC11), Banco Bradesco BBI, Banco Itaú BBA, Bank of America e o UBS BB.
A companhia informou que pretende utilizar os recursos líquidos obtidos por meio da oferta primária da seguinte forma:
- 15% para reforço do caixa;
- 85% em aportes a serem realizados em algumas de suas controladas para manutenção e expansão das concessões atuais e novas.
Ecorodovias anota lucro líquido de R$ 88,0 mi no 1T21
A Ecorodovias reportou um lucro líquido de R$ 88,0 milhões no primeiro trimestre deste ano, queda de 11,9% ante os mesmos meses de 2020.
De acordo com o documento divulgado pela Ecorodovias, esse resultado pode ser explicado, principalmente, pelo “aumento da depreciação (+R$28,5 milhões) em função da atualização da curva de tráfego para amortização dos ativos intangíveis, finalização dos contratos de concessão da Ecovia Caminho do Mar e Ecocataratas em novembro de 2021 e início da cobrança de pedágio pela Ecovias do Cerrado”.
A companhia reportou um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) pró forma de R$ 575,4 milhões, alta de 8,5%. Já margem EBITDA pró-forma foi de 68,8% devido ao início da cobrança de pedágio pela Ecovias do Cerrado, ao crescimento das operações do Ecoporto e desempenho das holdings, informou a empresa.
Os custos operacionais e despesas administrativas totalizaram R$ 618,2 milhões no período, alta de 3,3%. Os custos caixa, desconsiderando o custo de construção, provisão para manutenção, depreciação e amortização, atingiram R$262,3 milhões, aumento de 9,6%.
Ao passo que o resultado financeiro da Ecorodovias apresentou aumento de R$ 51,0 milhões nos primeiros três meses do ano, o que representa uma alta de 26,4%.