G7 está próximo de fechar acordo tributário “histórico”, diz jornal
Algumas das principais economias do mundo devem chegar a um acordo em relação à uma posição comum sobre a tributação de empresas multinacionais em reunião do G7 no próximo sábado (4), em uma tentativa de encerrar uma corrida de três décadas sobre a tributação das empresas. A informação é do Financial Times.
Os ministros das Finanças do grupo do G7 ainda discutem sobre os detalhes do acordo nesta sexta-feira, em uma reunião em Londres organizada pelo chanceler do Reino Unido, Rishi Sunak.
Os delegados presentes na reunião disseram que o G7 concordaria em princípio em mudar a base da legislação tributária internacional das empresas pela primeira vez em um século. O plano histórico visa forçar as maiores empresas do mundo a pagarem mais impostos nos países onde fazem negócios, não apenas onde estão sediadas.
O ministro das finanças alemão, Olaf Scholz, disse ao BBC que está “absolutamente confiante” de que os ministros chegarão a um acordo. “Teremos um acordo que realmente mudará o mundo”.
Segundo Bruno Le Maire, o ministro das finanças francês, os ministros estavam à beira de um “acordo histórico” que mostraria ao mundo que o G7 ainda é uma força global na determinação das regras do jogo na ordem internacional deste século.
Os países vêm negociando para buscar um acordo tributário internacional desde 2013. As negociações na OCDE deixaram os EUA e os países europeus em desacordo, especialmente sobre a tributação das grandes empresas de tecnologia dos EUA.
Contudo, as perspectivas de um acordo aumentaram significativamente depois que Joe Biden substituiu Donald Trump como presidente dos EUA no início deste ano e apresentou novas propostas.
Os ministros das finanças do G7 devem divulgar uma declaração no sábado, estabelecendo sua nova posição comum e apoiando o apelo do governo Biden por um regime mundial para as maiores empresas do mundo e uma taxa mínima global.
