Small Caps: Confira as 5 maiores altas de maio; Marisa (AMAR3) lidera
Com 44% de valorização no acumulado mensal, a Lojas Marisa (AMAR3) soma o melhor desempenho no mercado acionário dentre as small caps em maio. Com um mês positivo para o índice que mede a carteira teórica e também para o Ibovespa, a companhia viu seus papéis chegarem a um preço de R$ 7,72 no último pregão do mês.
O SMAL11, ETF das small caps, apresentou uma alta de 6.3% no acumulado mensal, acompanhando o Ibovespa, que teve uma alta de 6%. Os números refletem um ciclo de alta mercado brasileiro, que já quebra por dias consecutivos a máxima histórica no fechamento do pregão.
Com o ciclo de otimismo, a maioria das corretoras e casas de análise já revisam suas estimativas, prevendo máximas históricas acima dos 140 mil pontos ainda em 2021.
Vacinação, avanço de reformas e indicadores macroeconômicos são os grandes protagonistas, além de uma temporada de balanços que veio melhor do que o esperado na grande maioria dos casos.
O dado mais recente – e influente – foi o do Produto Interno Bruto (PIB), que demonstrou uma retomada econômica vigorosa, com crescimento de 1,2% no primeiro trimestre, voltando ao nível pré-pandemia.
Vale ressaltar que o preço de commodities e do petróleo também é um grande pivô das máximas históricas na bolsa, dada a influência de companhias como Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) no principal benchmark do mercado.
Mas além das gigantes, também surfam o ciclo de alta as small caps – companhias com valor de mercado entre R$ 300 milhões e R$ 2 bilhões.
As melhores small caps de maio
- Marisa (AMAR3): +44,03%
- Alliar (AALR3): +38,80%
- Unipar (UNIP6): +33,21%
- Grupo SBF (SBFG3): +28,35%
- Santos Brasil (STBP3): +27,20%
Lojas Marisa
Apesar do prejuízo de R$ 53,4 milhões reportado no primeiro trimestre, a companhia vem desenhando uma modernização que inclui a unificação dos serviços financeiros – projetando o ambicioso Marisa MBank.
Já no fim do mês, a melhor dentre as small caps em maio anunciou que irá unificar suas operações e serviços financeiros, dando origem ao “MBank Marisa”, que agrega três empresas da companhia – o nome social de todas foi mudado com a reestruturação.
A mudança integra uma simplificação acionária envolvendo as três empresas, segundo o documento emitido pela companhia. A Marisa, com isso, visa uma nova identidade visual para as três financeiras, chamando toda a área de “MBank Marisa“.
O processo envolve uma revisão de portfólio dos produtos pela unidade de negócios, visando a digitalização do serviço e a introdução de uma carteira digital.
Alliar
Recentemente, a companhia informou ao mercado que seu conselho de administração aprovou um novo programa de recompra de até 1.730.000 ações – equivalente a aproximadamente 3,95% do total de ações ordinárias em circulação.
Foi justamente esse evento, no fim do mês, que puxou os papéis da Alliar para cima, somando uma valorização de 38% no mês. O anúncio fez a companhia sair de R$ 10,78 para R$ 12,27 somente nos últimos dias do mês.
Atualmente, a Alliar Médicos é a segunda maior empresa de diagnósticos por imagem do Brasil, com mais de 5.000 colaboradores e aproximadamente 900 médicos prestadores de serviço, além das 118 unidades de atendimento que estão estrategicamente posicionadas em 42 cidades de 10 Estados do País.
Unipar
A companhia reportou bons resultados na temporada de balanços, com um lucro líquido de R$ 280,8 milhões no período, revertendo prejuízo de R$ 94,367 milhões apurado um ano antes.
A receita líquida da empresa somou R$ 1,316 bilhão entre janeiro e março desse ano, sendo 64,2% superior à receita apurada nos três primeiro meses do ano passado, tendo como principal motivo o aumento dos preços internacionais de PVC e aumento da demanda de cloro e derivados e de PVC.
Posteriormente, a Unipar também anunciou uma robusta distribuição de dividendos – de R$ 250 milhões. A companhia paga, assim, cerca de R$ 2,4865 por papel.
Com esses eventos, a companhia somou uma valorização de 33,2% no acumulado de maio, saindo de R$ 77,63 no começo do mês para R$ 103,41 no último pregão.
Grupo SBF
Detentor da loja de produtos esportivos Centauro, o Grupo SBF divulgou um fato relevante anunciando uma captação de R$ 300 milhões por meio de uma oferta restrita de debêntures, apenas para investidores profissionais.
O documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ressalta que os recursos líquidos obtidos por meio da emissão serão integralmente utilizados para capital de giro relacionados aos negócios da companhia, bem como investimentos.
Apesar dos resultados que apontam um prejuízo de R$ 36 milhões no primeiro trimestre, os investidores demonstraram olhar com bons olhos para os papéis do grupo, que tiveram valorização de 28,3%, saindo de R$ 26,03 para R$ 33,41 no acumulado de maio.
Santos Brasil
A Santos Brasil apresentou ótimos resultados durante a temporada de balanços, lucarando de forma líquida um montante de R$ 39,9 milhões no primeiro trimestre de 2021, revertendo o prejuízo de R$ 13,3 milhões do mesmo período do ano passado.
Segundo a companhia, houve, nos primeiros três meses de 2021, uma movimentação recorde para um período do tipo.
“A retomada das importações, o crescimento das exportações e as vendas aquecidas do e-commerce, dinâmica observadas a partir do segundo semestre de 2020, continuaram sustentando a reposição de estoques na indústria e no varejo”, diz a companhia em seu resultado trimestral.
A receita líquida ficou em R$ 314,6 milhões, ante R$ 223,8 milhões no primeiro trimestre de 2020 – com destaque para o faturamento proveniente da Tecon Santos, que cresceu 53,4% na base anual e representou 81% do faturamento líquido dos terminais portuários.
Além disso, vale ressaltar o acordo celebrado recentemente com a Santos Port Authority (SPA) para um para a exploração de uma instalação portuária medindo cerca 64.412 metros quadrados, localizada na região do Saboó, na Margem Direita do Porto de Santos, pelo prazo de 180 dias.
O acordo foi comunicado em fato relevante da companhia em meados da segunda quinzena do mês, que apresentou uma valorização de 27,2% para as ações da companhia, levando o papel de R% 7,06 para R$ 8,98 no acumulado de maio, figurando como a quinta dentre as melhores small caps de maio.