XP aumenta otimismo e projeta dívida/PIB de 84,5% para 2021

A projeção feita pelo departamento econômico da XP revisou os dados da relação entre dívida e Produto Interno Bruto (PIB), saindo dos 87% do fim do ano para 84,5%.

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A melhora analisada pela casa se dá em decorrência das variáveis da política fiscal brasileira, que melhoraram recentemente, reduzindo expectativas negativas para os números de dívida pública.

A XP alterou também as projeções para o déficit público, de 3,2% para 2,6% do PIB. Segundo os economistas Caio Megale e Rachel de Sá, essa revisão é fruto especialmente da melhora na arrecadação. “Agora esperamos R$ 1,724 bilhão no ano”, disseram.

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Consideraram ainda os economistas o fato de, além de um resultado primário melhor que o esperado, a alta dos preços também contribuir para a redução da relação dívida/PIB.

“Olhando para frente, esperamos que os gastos finalmente se normalizem após a aprovação do Orçamento de 2021, portanto, reduzindo as surpresas mensais positivas. No entanto, os principais fatores observados até agora no lado da receita devem continuar fortalecendo a arrecadação de tributos, principalmente no tocante aos preços ao produtor”, disseram Megale e Rachel.

Vale destacar, observaram eles, um importante risco ao cenário positivo esperado para a arrecadação, atrelado à recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de excluir o ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins.

“De acordo com cálculo da Instituição Fiscal Independente (IFI), a perda de arrecadação por meio de compensações tributárias por parte da União pode chegar a R$ 121 bilhões este ano, se consideradas, além das receitas já esperadas para o ano, os potenciais passivos relativos ao período entre 2017 e 2020 encerrados”, afirmaram.

Dívida do governo cai para 86,7%, diz BC

A Dívida Bruta do Governo Geral fechou abril aos R$ 6,665 trilhões, segundo constam nos dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (31). O montante representa 86,7% do Produto Interno Bruto (PIB).

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O porcentual, divulgado nesta segunda pelo Banco Central, é menor que os 88,9% de dívida em relação ao PIB divulgados em março, em números revisados.  A queda ocorre apesar dos gastos do governo em relação à pandemia do novo coronavírus. No melhor momento da série, em dezembro de 2013, a relação era de 51,5% do PIB.

Com o aumento de despesas públicas em função da pandemia, a expectativa é de que a dívida bruta continue a subir nos próximos meses no Brasil. Este é um dos principais fatores de preocupação dos economistas do mercado financeiro.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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