Alumínio: consumo cresce 11% de janeiro a setembro de 2018
O consumo de alumínio registrou uma alta de 11% entre os meses de janeiro a setembro.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL). Além disso, o volume de produtos transformados em alumínio somou 1.031,1 mil toneladas. Com base nesse desempenho, a ABAL projeta um consumo total de cerca de 1,400 mil toneladas no ano de 2018. Esse número representaria quase 10% de crescimento na comparação com 2017.
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Segundo o presidente-executivo da ABAL, Milton Rego, o resultado confirma a força do setor. “A indústria do alumínio vem se recuperando, apesar do cenário desafiador representado por 2018. Enfrentamos um ambiente político crispado, tivemos a greve dos caminhoneiros que afetou a economia como um todo e o nosso segmento, especialmente, sentiu os efeitos da guerra tarifária entre Estados Unidos e China”, lembra.
Previsão do alumínio para 2019
Para 2019, o alumínio deve continuar em ascensão. De acordo com o presidente-executivo da ABAL, para este ano algumas das maiores empresas do setor já anunciaram investimentos. Além disso, o otimismo é alimentado pelo os segmento que tiveram bom desempenho em 2018. De janeiro a setembro, os setores que apresentaram alta foram:
- Embalagem: 16,8%
- Transporte: 14,4%
- Eletricidade: 16,6%
União Europeia
No dia 14 de janeiro, a União Europeia anunciou que irá impor limites à entrada de sete produtos siderúrgicos exportados pelo Brasil. A restrição começou a vigorar em 2 de fevereiro. O objetivo da medida é proteger os produtores locais.
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O mercado europeu foi o destino de 18,1% das exportações brasileiras de aço em 2017. O Brasil será atingido em sete dos 28 produtos que terão suas importações limitadas:
- laminados planos a quente
- laminados planos a frio
- folhas metálicas
- chapas grossas
- laminados planos de aço inoxidável
- perfis
- outros tubos sem costura
A indústria siderúrgica brasileira fez requerimento ao Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) para tentar negociar com a União Europeia uma cota específica dos laminados a quente de aço inoxidável.
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Segundo Rego, a indústria de alumínio também deve enfrentar as mesmas restrições do aço. “A situação (da siderurgia) é exatamente igual à nossa. Há uma sobreprodução mundial, e os grandes compradores buscam se fechar”, diz Milton Rego.