FIIs: Veja os 5 fundos imobiliários que mais caíram em abril

Os fundos imobiliários tiveram, em geral, um mês neutro em março. O IFIX, principal índice de FIIs da bolsa de valores brasileira, ficou estável, avançando apenas 0,51%, nesse período, fechando em a 2.861 pontos.

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O mercado está em cima do muro, esperando para ver, entre outras coisas, o desenrolar da pandemia no país e como a economia reagirá às recentes restrições – que afetam tanto os fundos imobiliários quanto os demais ativos de renda variável: o Ibovespa, principal índice de ações, também pouco avançou, com alta de apenas 1% em trinta dias.

Entre as principais quedas dos fundos imobiliários, destaque para os fundos de tijolos, que continuam sofrendo com as incertezas de cenário causadas pela covid-19.

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Confira os fundos imobiliários que mais caíram em abril:

  • SP Downtown (SPTW11): -23,40%
  • Tordesilhas (TORD11): -11,03%
  • REC Renda Imobiliária (RECT11): -6,28%
  • Grand Plaza Shopping (ABCP11): -4,04%
  • RBR Properties – FII (RBRP11): -3,93%

O SUNO Notícias foi atrás dos motivos que podem ter provocado as variações de preços destes fundos imobiliários. Vale ressaltar que esta não é uma recomendação de investimentos.

Confira as explicações

SP Downtown foi a maior queda entre os fundos imobiliários em abril

Este fundo imobiliário do tipo tijolo, gerenciado pela Brasil Plural, acumulou queda tão alta por ter, no último dia de março, anunciado um rendimento de R$ 5,15 por cota e uma a amortização de R$ 10,70.

Tordersilhas

É um dos fundos imobiliários gerenciados pela Hectare, sendo hibrido com investimentos em CRIs, outros fundos e ações do setor imobiliário.

O Tordesilhas, ou TORD11, em abril liquidou uma emissão de cota encerrada no fim de março – sem ter alcançado nesta o montante desejado, de R$ 150 milhões, ficando com apenas R$ 141,77 milhões e ainda tendo de devolver a quantia de R$ 1,7 milhão a investidores profissionais que delimitaram a subscrição ao fator de o montante mínimo ser atingido.

Nesta emissão, o valor unitário da cota foi ainda menor do que o preço que as cotas eram vendidas na B3, saindo por R$ 10,53, enquanto na bolsa o valor era de mais de R$ 11,50.

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Além disso, o fundo imobiliário anunciou uma nove emissão no dia 16 de abril, em que pretende emitir cerca de 9,7 milhões ações, cada uma pelo preço unitário de R$ 10,27, movimentando R$ 100 milhões.

REC Renda Imobiliária

É um dos fundos imobiliários gerenciados pela Real Estate Capital, sendo do tipo tijolo híbrido. Anunciou, no começo do mês, uma nova emissão, o que foi visto com maus olhos pelo mercado – a cota já era negociada a um valor abaixo do patrimônio, o que foi acentuado. Além disso, esse FII possui boa parte da sua dívida emitida atrelada ao IPCA, índice que vem acelerando nos últimos meses.

Grand Plaza Shopping

O ABCP11 operou com perdas no mês de abril em meio à disputa do fundo imobiliário com a Receita Federal sobre o pagamento de Imposto de Renda Pessoa Jurídica, Contribuição Social sobre Lucro Líquido, PIS/COFINS e multa.

A administradora do FII, Rio Bravo, informou ao mercado que a Delegacia de Julgamento da Receita Federal julgou improcedente os pedidos do fundo e que recorreu ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF). A Rio Bravo não vê impacto imediato na distribuição de dividendos, pois os advogados que acompanham a causa acreditam em uma vitória.

A administradora do fundo Grand Plaza Shopping, a Rio Bravo Investimentos – Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, informa que foi apresentado um novo recurso em face do acordo que julgou improcedente todas as impugnações apresentadas pelo fundo em processos relacionados às cobranças de PIS/COFINS e de multa por descumprimento de obrigações acessórias.

RBR Properties

O RBRP11 concluiu a 5ª emissão e com a venda de 3,626 milhões de novas cotas que passaram a ser negociadas na B3 em 13 de abril. Sem outras novidades no radar, o fundo imobiliário RBRP11 cedeu 3,9% no mês, encerrando cotado a R$ 88,35.

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Vitor Azevedo

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