CSN (CSNA3) reverte prejuízo e lucra R$ 5,6 bi, com ajuda de IPO de mineração
A CSN (CSNA3) lucrou de forma líquida R$ 5,6 bilhões no primeiro trimestre de 2021, alta de 46% na comparação com os últimos três meses de 2020 e revertendo o prejuízo de R$ 1,3 bilhão dos três primeiros.
Segundo a siderúrgica, o resultado foi impulsionado por uma melhora operacional e pelo ganho de capital proveniente da abertura inicial de capital (IPO) da CSN Mineração (CMIN3).
A receita líquida da CSN totalizou R$ 11,9 bilhões, crescendo 22% na base trimestral e 123% na base anual. “A melhora de receita no 1T21, na comparação sequencial, se deu principalmente pela manutenção dos fortes volumes de vendas, combinado com os maiores preços verificados no período tanto para o minério de ferro quanto para o aço e o cimento”, diz a companhia em documento publicado nesta quarta-feira (28).
O ramo de siderurgia teve participação de 51% na receita da CSN, com o faturamento chegando a R$ 6,67 bilhões, ante R$ 5 bilhões do último trimestre de 2020 e R$ 3,5 bilhões do primeiro. A mineração foi responsável por 42% da receita, com R$ 5,4 bilhões gerados.
No grupo de receitas e despesas operacionais, a companhia registrou um saldo positivo de R$ 1,9 bilhão, ao contrário do déficit que normalmente aparece: o IPO da CSN Mineração gerou um ganho de R$ 2,47 bilhões e, com isso, a controladora conseguiu ter mais ganhos do que gastos operacionais.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) com isso ficou em R$ 7,6 bilhões, maior do que os R$ 4 bilhões do quarto trimestre de 2020 e os R$ 511 milhões do primeiro.
Quando se considera apenas as receitas recorrentes – desconsiderando, desta forma, o capital levantado com o IPO da CSN Mineração – o Ebitda ajustado foi de R$ 5,8 bilhões, também crescendo frente ao dois períodos usados na última comparação. A margem Ebitda da companhia ficou em 47,7%, pouco maior do que a registrada entre outubro e dezembro de 2020, de 47%, e muito superior a de 24,1% registrada de janeiro a março do ano anterior.
CSN continua plano de diminuir dívida
A CSN fecha o primeiro trimestre de 2021 com um resultado financeiro negativo de R$ 202 milhões – consideravelmente menor do que os R$ 1,2 bilhão registrados no mesmo período do ano passado. Em parte, esse resultado melhor se dá pelo fato de a empresa estar seguindo seu plano de diminuir sua dívida, o que reduz o gasto com juros, e sua exposição cambial.
A dívida líquida da CSN ficou em R$ 20,5 bilhões no primeiro trimestre deste ano, ante R$ 25,6 bilhões no fim de 2020 e R$ 32,8 bilhões no começo. A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda (DL/Ebitda) ficou em 1,29 vez, ante 4,87 vezes no mesmo período do ano passado.