Cielo (CIEL3) cai 3,80%: Destaque do balanço fica para custos menores

A Cielo (CIEL3) cai 3,84%, negociada a R$ 3,51, por volta das 15h no pregão desta quarta-feira (28), após reportar na noite de ontem seu balanço do primeiro trimestre de 2021. Para analistas do Goldman Sachs e da XP Investimentos, os resultados vieram sem brilho, tendo como único ponto positivo a queda nos custos.

“O resultado da Cielo foi impactado negativamente tanto por volumes quanto por margens. Os volumes vieram abaixo do esperado, uma vez que o volume total de pagamentos (TPV) da empresa não se recuperou no trimestre. As margens também não ajudaram, com a líquida ficando em 0,73% ante 0,78% no mesmo período do ano passado”, dizem os analistas Marcel Campos e Matheus Odaguil, da  XP.

O Goldman Sachs também viu a receita vindo mais fraca – em parte, porém, justificada pela sazonalidade e pelas novas restrições no varejo em boa parte do Brasil.

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“A queda no TPV foi impulsionada pelos cartões de crédito, que apresentaram queda de 14% no trimestre e 7% no ano, para R$ 89 bilhões, e cartões de débito, com recuo de 18% no trimestre e 10% no ano, para R$ 874,2 milhões”, afirmam Tito Labarta e Nicholas Walker, especialistas do banco americano.

Lucro da Cielo frustra expectativas

Os analistas do GS pontuam também que apesar da Cielo ter registrado lucro líquido de R$ 241 milhões, alta de 45% na base anual, esse número foi impulsionado por uma ganho não recorrente de R$ 105 milhões por conta da venda da Orizon e a cessão da plataforma Elo. Sem isso, o lucro líquido recorrente seria de R$ 136 milhões, caindo 19% na base anual e 48% na trimestral.

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Tanto para a XP quanto para o Goldman o lucro ajustado ficou aquém do esperado: a corretora previa  algo próximo a R$ 190 milhões e o banco tinha um consenso de 20% maior do que o registrado.

As duas casas convergem também na avaliação de que o ponto de destaque no balanço da Cielo foi a queda dos custos e das despesas. Segundo o Goldman Sachs, os custos vieram 14% abaixo de suas projeções e as despesas, 10%.

O custo dos serviços caiu 6% no ano, para R$ 760 milhões, e as despesas operacionais recuaram 48%, para R$ 154 milhões. “O destaque positivo vai para os custos, pois a Cielo segue ganhando eficiência na operação”, afirmam os analistas da XP.

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Vitor Azevedo

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