Ibovespa sobe na abertura, na contramão de NY e com Orçamento no limite
O Ibovespa opera em alta na manhã desta quinta-feira (22), após o feriado de Tiradentes que fechou o mercado local. A Bolsa brasileira se ajusta ao dia positivo nos mercados internacionais na última quarta-feira, enquanto o S&P 500 futuro aponta para um dia estável.
Por volta das 10h35, o Ibovespa subia 0,63%, para 120.817 pontos. Hoje é o prazo final para a sanção do Orçamento público deste ano pelo presidente Jair Bolsonaro. Ontem, o mandatário sancionou a lei que permite a abertura de crédito extraordinário para financiar programas de socorro a empresas privadas, e que exclui da meta fiscal as despesas emergenciais com saúde.
Com isso, essas despesas ficam de fora do cálculo do testo de gastos, mitigando a possibilidade do governo ser acusado de crime de responsabilidade. A medida também abre espaço para que o Orçamento contemple gastos com emendas parlamentares.
No exterior, as atenções são voltadas à reunião do Banco Central Europeu (BCE), que manteve os estímulos monetários vigentes por meio de compras de títulos. Christine Lagarde, a presidente da autoridade monetária, disse que a economia europeia voltará ao patamar pré-pandemia somente em meados de 2022.
Além disso, Lagarde comentou que a zona do euro “não está na mesma página” que os Estados Unidos em termos de recuperação da atividade. É estimado que o Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano suba 6,5% neste ano.
O mercado internacional também está preocupado com o avanço da pandemia, o que pode atrasar a recuperação global. A Índia bateu o recorde de novos casos em 24 horas, com quase 315 mil.
Os investidores estrangeiros também ficam no aguardo dos balanços que serão divulgados nesta quinta. Intel, Volvo, American Airlines e SAP estão entre as empresas programadas para relatar os resultados após o fechamento dos mercados.
O Índice de Confiança da Indústria recuou 1,1 ponto na prévia de abril, na comparação com o resultado consolidado de março, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). A queda da confiança dos empresários brasileiros foi puxada principalmente pela avaliação sobre a situação atual, mas também pelo índice de expectativas, em meio ao avanço da pandemia no País.
“Os dados, no entanto, não devem fazer preço nos mercados locais. O bom humor estrangeiro deve prevalecer, e devemos ter um dia positivo. Devemos ter um pregão com busca por risco, impulsionado pelo crescimento global e liquidez”, diz Roberto Padovani, economista do Banco BV.
Na agenda local, as atenções são voltadas para a nova aquisição da Locaweb (LWSA3), que faz com que as ações da empresa disparem nesta manhã. O IRB Brasil (IRBR3) reportou lucro pelo segundo mês consecutivo, com um ganho líquido de R$ 20,8 milhões em fevereiro.
Destaques do Ibovespa
Confira as maiores altas e maiores baixas as empresas que fazem parte do Ibovespa, por volta das 10h45:
- IRB Brasil (IRBR3): +4,48%
- Lojas Americanas (LAME4): +1,84%
- Usiminas (USIM5): +4,89%
- Via Varejo (VVAR3): +3,95%
- Gol (GOLL4): +2,57%
- Cosan (CSAN3): -0,34%
- Suzano (SUZB3): -0,46%
- Assaí (ASAI3): -0,50%
- Hapvida (HAPV3): -0,85%
- Braskem (BRKM5): -2,09%
Bolsas mundiais
Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:
- Nova York (S&P 500) futuro: -0,21%
- Londres (FTSE 100): +0,20%
- Frankfurt (DAX 30): +0,56%
- Paris (CAC 40): +0,69%
- Milão (FTSE/MIB): +0,55%
- Hong Kong (Hang Seng): +0,47% (fechada)
- Xangai (SSE Composite): -0,23% (fechada)
- Tóquio (Nikkei 225): +2,38% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
De forma distinta ao Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última terça com uma queda de 0,72%, a 120.061,99 pontos.