Dólar cai 1,5%, em dia de cúpula do clima e data limite para Orçamento

Em dia de cúpula internacional do clima e data limite para sanção do Orçamento 2021, o dólar tem forte queda de 1,50%, negociado abaixo dos R$ 5,50.

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Por volta das 10h20, o dólar tinha queda de 1,49%, negociado a R$ 5,48. Hoje o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, realiza a Cúpula de Líderes sobre o Clima, foram convidados cerca de 40 representantes de países como Vladimir Putin (presidente da Rússia), Xi Jinping (China) e Jair Bolsonaro.

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Aliás a atenção do mercado está voltado para a presença de Bolsonaro na cúpula, na semana passada o presidente enviou uma carta a Biden na qual prometeu, pela primeira vez, eliminar o desmatamento ilegal até 2030.

“Queremos reafirmar neste ato, em inequívoco apoio aos esforços empreendidos por Vossa Excelência, o nosso compromisso em eliminar o desmatamento ilegal no Brasil até 2030”, escreveu Bolsonaro a Joe Biden.

Na carta, o presidente da República agradeceu ao convite e disse que tem “satisfação em participar do evento” e assegurou seu compromisso para com a meta. Mas escreveu que a preservação ambiental depende de recursos “voltuosos” e solicitou apoio da comunidade internacional.

Segundo o colunista da CNN, Igor Gadelha, o mero aceno ao comprometimento não deverá ser suficiente para arrefecer as desconfianças dos países em relação à agenda ambiental do Brasil.

Orçamento 2021

O presidente Bolsonaro sancionou ontem o texto que retira da meta fiscal o programa de corte de jornada de salários e despesas emergenciais com saúde. O documento, aprovado pelo Congresso Nacional nesta semana para resolver o impasse no Orçamento 2021, também facilita o corte de verbas de ministérios.

O texto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) na quarta-feira (21), dois dias após a aprovação do projeto pelo Congresso. A rápida aprovação se deve ao fato de o Orçamento 2021 precisar ser sancionado por Bolsonaro até amanhã (22).

A lei publicada ontem altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano e retira da meta fiscal os créditos extraordinários voltados às despesas com ações e serviços públicos de saúde, desde que sejam identificadas em categoria de enfrentamento à pandemia.

Sem a lei sancionada, essas despesas ainda contariam no compromisso do governo de evitar crescimento da dívida pública (meta fiscal). De acordo com o governo, o acordo faz com que haja espaço para bancar emendas parlamentares, motivo do impasse entre Congresso e equipe econômica.

Última cotação do dólar

Na última sessão, terça-feira (20), o dólar encerrou o pregão em leve alta de 0,01%, a R$ 5,55.

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Poliana Santos

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