Sem acordo sobre royalties, FUP diz que Petrobras (PETR4) ameaça fechar unidade no PR

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) disse que a Petrobras (PETR4) está ameaçando fechar a Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul, no Paraná, assim como fez com a Fábrica de Fertilizantes no Estado (ANSA/Fafen-PR).

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A companhia, segundo a FUP, pleiteia o perdão de uma dívida de R$ 1 bilhão com a prefeitura de São Mateus do Sul e o governo do Paraná de royalties sobre a exploração de xisto na região. Para a FUP, o argumento da Petrobras é de que a dívida estaria inviabilizando qualquer negociação da SIX, que está na lista de privatizações no setor de refino.

Em nota, a Petrobras diz que segue em negociação com a Agência Nacional do Petróleo (ANP) para acordo sobre o recolhimento de royalties em relação às operações da SIX. A companhia informa ainda que acredita numa solução que contemple os interesses de todas as partes, mas estuda diferentes alternativas para o ativo, caso sua operação se torne economicamente inviável.

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“Cabe destacar que a SIX é a maior contribuinte no município de São Mateus do Sul, respondendo por aproximadamente 45% da arrecadação de ICMS e indiretamente por cerca de 50% do ISS, além dos royalties sobre a produção de óleo e gás de xisto. Desde 2013, a SIX já pagou mais de R$ 63 milhões em royalties (20% para o município de São Mateus do Sul)”, diz a Petrobras.

Nesta terça-feira, 20, os trabalhadores da SIX retomaram a greve que foi suspensa no início de março. Eles reivindicam melhorias na segurança operacional. A Petrobras informa que não há impacto na produção. Na terça, a companhia e os petroleiros chegaram a um acordo e a greve na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), também no Paraná, foi encerrada. A paralisação durou cinco dias e foi motivada pelo risco sanitário denunciado pelos empregados, que temiam aumento de contaminação por covid-19 com o início do processo de manutenção da refinaria, iniciado há uma semana.

Última cotação da Petrobras

A ação preferencial da Petrobras (PETR4) fechou o pregão em queda de 1,89%, aos R$ 23,82.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Arthur Guimarães

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