Sequoia (SEQL3) precifica oferta a R$ 25 e levanta R$ 894 milhões
A Sequoia (SEQL3) precificou sua oferta subsequente de ações (follow-on) em R$ 25 por papel, movimentando R$ 893,75 milhões. O preço tem um deságio de 3,5% sobre a cotação de fechamento de ontem. As informações foram divulgadas pela empresa na manhã desta sexta-feira (16).
No negócio, a Sequoia venderá 8.287.293 novas ações, com os recursos caindo diretamente em seu caixa. O fundo de private equity Warburg Pincus, por sua vez, vendeu 27.462.779 ações de sua titularidade, em uma operação que foi destinada a investidores profissionais. Os papéis passarão a ser negociados em Bolsa na próxima segunda-feira (19).
O fundo, que já havia diminuído sua participação de 70,5% para 21,7% no IPO há seis meses, agora fica com 7% da empresa. Do total captado, cerca de R$ 207 milhões irão para o caixa da Sequoia.
A companhia tem o objetivo de utilizar os recursos movimentados com a tranche primária da oferta com aquisições e investimentos em automação logística e novas tecnologias. Desde que seus papéis vieram a mercado, a Sequoia viu seu valor de mercado mais do que dobrar na B3.
O valor por ação encontrado para o follow-on é o dobro do praticado na estreia da empresa na Bolsa. À época, a companhia teve de dar um desconto de 13% em relação ao piso da faixa indicativa. O mercado passava por uma forte volatilidade, com o então presidente norte-americano Donald Trump sendo diagnosticado com o coronavírus, dado que a oferta pública chamou atenção dos investidores internacionais.
Os coordenadores da operação foram BTG Pactual (BPAC11), Santander (SANB11), Itaú BBA, Morgan Stanley e Banco ABC Brasil (ABCB4).
Crescimento inôrganico da Sequoia já começou
Com os recursos levantados no IPO, a Sequoia indicou que faria aquisições, ampliando seu crescimento no mercado de forma inorgânica. No fim do mês passado, a primeira compra foi fechada.
A controlada da companhia, Transportadora Americana, celebrou um contrato para a aquisição de 100% da Transportadora Plimor. De acordo com a Sequoia, a aquisição permitirá à Sequoia ampliar sua capacidade de atendimento, principalmente no Sul do País, aumentando capilaridade nos segmentos B2C e B2B.
“Em linha com a estratégia da companhia, a maior densidade nas rotas e estrutura operacional nas pontas proporcionará redução no lead time e mais agilidade nas entregas”, disse a Sequoia. O valor da transação não foi informado, e o negócio passará pelo crivo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).