FMI: Brasil tem recuperação econômica e desafios fiscais com dívida em nível alto

O diretor do departamento para o Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Alejandro Werner, disse que o Brasil está em pleno processo de recuperação econômica.

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O FMI projeta um avanço de 3,7% em 2021, que fica atrás apenas para o Chile, Colômbia e México em relação à previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) na região.

Ao responder pergunta do Broadcast sobre os riscos para a economia brasileira gerados por incertezas relativas à gestão das contas públicas, Werner destacou que “o país tem desafios fiscais, com dívida em nível alto”, e acrescentou que o Brasil registrou elevado déficit nominal em 2020, devido à necessidade de gastos extraordinários para combater a pandemia.

O diretor do FMI ressaltou que “há importantes negociações entre o Congresso e o governo” que envolvem temas como a concessão de transferências de recursos para famílias mais necessitadas, e que elas serão importantes “para emitir um sinal claro sobre o importante arcabouço de âncora fiscal”.

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Também questionado pela reportagem sobre os impactos para a economia com a lenta imunização nacional contra o coronavírus, ele apontou: “É verdade que a vacinação no País tem enfrentado problemas. Mas o Brasil está no mesmo ritmo de vacinação, com exceção do Chile, de outros países da América Latina, entre 8% e 12% para distribuição da primeira dose. É importante acelerar a vacinação, mas este é um desafio também enfrentado por outros países”.

FMI vê divergências na recuperação global da crise causada pela pandemia

Gita Gopinath, economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), apontou o caráter “divergente” da recuperação econômica da crise causada pela pandemia de coronavírus (Covid-19).

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Ao participar de um evento virtual nesta terça-feira (13), promovido pelo Peterson Institute, a economista-chefe do FMI disse que a retomada em países emergentes tem ocorrido de forma mais lenta que em países desenvolvidos, sobretudo nos Estados Unidos.

Entre os fatores de incertezas, Gopinath citou a escalada dos juros dos Treasuries, mas ponderou que as taxas seguem em níveis historicamente baixos.

Segundo ela, antes de analisar o impacto em emergentes, é preciso observar a fonte do movimento. No entendimento dela, desdobramentos positivos nos EUA, como mercado de trabalho forte, podem ser favoráveis ao restante do mundo, compensando o aumento dos custos de empréstimo.

Nesse processo, a economista do FMI defendeu que os bancos centrais precisam ser muito claros na comunicação sobre o aperto da política monetária, com objetivo de evitar efeitos indesejados ao sistema financeiro.

Com informações do Estadão Conteúdo.

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Rafaela La Regina

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