Dólar tem queda com mercado atento aos dados do seguro-desemprego dos EUA
O dólar permanece em queda na tarde desta quinta-feira (15) com o mercado acompanhando os dados do seguro-desemprego nos Estados Unidos e as sanções que o governo norte-americano impôs à Rússia.
Por volta das 14h30, o dólar tinha queda de 0,45%, negociado a R$ 5,62. O Departamento do Trabalho informou que houve 576.00 pedidos na semana passada, este nível representa uma queda de 193.000 em relação ao número da semana passada.
“O mercado surpreendeu positivamente para o melhor nível desde o começo da pandemia, com isso os indicadores externos estão em alta”, analisou o diretor dos serviços financeiros da IBC Consulting, Leandro Araújo.
Os novos pedidos de seguro-desemprego marca o nível mais baixo desde 14 de março de 2020, um pouco antes da pandemia atingir a atividade comercial e provocar milhões de demissões.
Já no cenário político externo, os EUA anunciaram hoje que vão impor sanções à Rússia como uma resposta à interferência dos russos nas eleições americanas e uma operação de ataque virtual que conseguiu acessar dados de agências governamentais.
Foram penalizados 32 entidades ou indivíduos que se envolveram em campanhas de desinformação nas eleições de 2020.
Bolsonaro se vê entre perder apoio no Congresso ou perder Guedes
No âmbito político interno, permanecer no radar dos investidores o impasse do Orçamento 2021 que ameaça o presidente Jair Bolsonaro perder a base de apoio no Congresso ou perder seu ministro da Economia, Paulo Guedes, conforme noticiou o jornal Estado de S.Paulo.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, alertou o presidente que o governo irá perde a base de apoio caso vete o projeto e não conseguirá mais aprovar nenhuma matéria no Congresso, incluído as reformas administrativa e tributária.
Por sua vez, o ministro Guedes voltou a defender o veto com argumento de que o Bolsonaro pode cometer crime de responsabilidade, podendo no futuro desembocar um processo de impeachment. A discussão aconteceu na terça-feira no Planalto, segundo fontes do jornal, a reunião foi tensa e acentuou a divergência entre a área econômica e a política. As fontes afirmaram que Bolsonaro vê ameaça de impeachment por toda a parte.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira, o dólar encerrou o pregão em queda de 0,82%, negociado a R$ 5,67.