Venda e aluguel de imóveis usados devem crescer 10% em 2021

As vendas e aluguéis de imóveis usados no Brasil devem avançar 10% este ano, de acordo com um levantamento feito pela startup do setor imobiliário Kenlo.

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Em 2020 o volume de negócios no mercado de imóveis usados avançou 52% ante 2019. No ano passado foram realizados 44.810 negócios, contra 29.435 em 2019, segundo o Painel do Mercado Imobiliário (PMI) produzido pela startup.

A especialista de mercado da área de inteligência da Kenlo, Denise Ghiu explica que “o  prognóstico para 2021 leva em conta o fato de muitas pessoas repensarem a questão do morar que, em função da pandemia, fez com que muitas empresas colocassem seus funcionários em home office. Isso resultou em muitos brasileiros passando mais horas em casa, dividindo no mesmo espaço os ambientes familiar e profissional”.

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“Assim como observado no segundo semestre de 2020, veremos um movimento em busca de novas habitações que atendam às duas necessidades. Casos de pessoas que migraram dos grandes centros para regiões ou até cidades mais tranquilas, com menor valor do metro quadrado e mais espaço, ou mesmo, locando seu imóvel e alugando outro no novo local poderão ser mais frequentes”, completa Ghiu.

Muitas pessoas buscam imóveis próprios

Além disso, o relatório explica que com a taxa selic baixa, muitas pessoas têm optado por comprar um imóvel próprio, uma vez que as parcelas do financiamento são parecidas com o gasto mensal do aluguel.

“Os números explicam isso. Mesmo com a alta, a Selic, que é um balizador para todo o mercado de financiamento, está em 2,75%. Já quando olharmos para o IGP-M, que é aplicado na correção dos aluguéis, observamos que ficou acima de 23% em 2020″, diz a especialistas.

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O relatório ainda aponta que outras modalidades de crédito, como o home equity, tem surgido e esse movimento deve ampliar os negócios do mercado de imóveis usados, “pois possibilita empréstimos inclusive a brasileiros que começaram o ano de 2021 com alguma dívida ou restrição no CPF, que ficavam de fora das modalidades de empréstimo do sistema financeiro tradicional”, explica o diretor de Negócios da Kenlo, Fabrício Almeida.

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Laura Moutinho

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