Petrobras (PETR4) contrata 12,9 milhões de metros cúbicos de gás natural
A Petrobras (PETR4) participou da chamada pública da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) iniciada em 5 de abril. Mais uma vez sendo a única participante do processo junto à transportadora, a estatal brasileira contratou espaço no duto para 12,9 milhões de metros cúbicos firmes por dia (m3/d) no curto prazo (oito meses).
Segundo a Petrobras, do total contratado de gás natural, 9,9 milhões de m3/d serão para saída em MS1 (Mato Grosso do Sul); SP1, SP2, SP4 (São Paulo); SC1 (Santa Catarina); e outros 3 milhões m3/d para o ponto de entrada em Campinas (EMED Gascar/SP).
O início da prestação de serviço será no dia 1º de maio e término em 31 de dezembro de 2021, embora o edital permitia a contratação até 2025. As tarifas variaram de R$ 2,7587 por milhão de BTU na entrada em Campinas, a mais cara, até R$ 1,235, a mais barata, para a entrada em Mato Grosso do Sul (MS1).
Até o momento, a TBG tem a capacidade de transporte de gás contratada pela Petrobras de 23,78 milhões m3/d em 2021, de uma capacidade total de 30 milhões de m3/d. O duto abastece termelétricas, refinarias e sete distribuidoras de gás natural.
Bolsonaro diz ser ‘inadmissível’ reajuste de gás pela Petrobras
O presidente Jair Bolsonaro diz que considera o reajuste do preço do gás em 39%, feito pela Petrobras, como “inadmissível”. A fala foi feita pelo mandatário na última quarta-feira (7) durante a cerimônia de posse do general João Francisco Ferreira, que ocupará o cargo de Joaquim Silva e Luna como diretor-geral da Itaipu Binacional.
No evento, Bolsonaro ainda argumentou a favor da previsibilidade sobre os reajustes feitos pela companhia. “Não vou interferir, a imprensa vai dizer o contrário. Mas podemos mudar esta política de preços lá”, citando uma possível interferência sobre a paridade de preços com o mercado internacional da Petrobras.
Em seu discurso, o mandatário apontou que Silva e Luna compreende que a estatal petroleira é uma empresa que precisa ter previsibilidade e transparência.
“É inadmissível se anunciar agora, o velho presidente [da Petrobras] ainda, um reajuste de 39% no gás. É inadmissível. Que contratos são esses? Que acordos foram esses? Foram feitos pensando no Brasil? Em um período de três meses?”, questionou mencionado o então presidente Roberto Castello Branco, demitido em fevereiro por ele.
Com informações do Estadão Conteúdo.