Acionistas minoritários da Petrobras (PETR4) analisam ação na Justiça

Acionistas minoritários da Petrobras (PETR4), principalmente estrangeiros, analisam a abertura de ações coletivas contra a União, controladora da estatal. As acusações são relativas às recentes polêmicas, envolvendo a política de preços da petroleira, a demissão do presidente Roberto Castello Branco e falas do ministro da Economia Paulo Guedes. As informações são do Valor Econômico.

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No episódio polêmico mais recente, Guedes, durante o feriado da Páscoa, afirmou que a companhia vinha segurando preços até o momento em que seu presidente, agora para sair do cargo, descobriu que seria demitido.

“É claro que, quando soube que ia sair, ele começou a realinhar os preços com o mercado internacional para ajustar suas obrigações diante dos acionistas”, disse o ministro ao portal UOL.

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O escritório Almeida Advogados afirmou que vem recebendo consultas de sócios minoritários sobre as intervenções do governo e que há espaço para estes buscarem reparações. Segundo o Valor, o Modesto Carvalhosa Advogados também vem sendo procurado por investidores para a abertura de processos contra a estatal.

O Almeida Advogados é bastante procurado por ser um dos responsáveis pela class action contra a Petrobras nos Estados Unidos. Em 2018, após a operação Lava Jato, a companhia teve de desembolsar bilhões para reparar perdas de acionistas após os escândalos de corrupção.

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Petrobras assumiu política de preços

Desde 2016, a Petrobras assumiu que seguiria uma política de preços alinhada às cotações de petróleo e ao câmbio, o que, teoricamente, devia deixar os investidores da estatal seguros de que a empresa não seria utilizada para cumprir uma política de governo. A fala de Guedes, então, abre espaço para acreditar que a empresa descumpriu o seu próprio regimento.

Após as falas do ministro, a Petrobras veio a público afirmar que não houve desrespeito à política de preço mas sim uma postura “mais cautelosa” no começo do ano.

“De 1º de janeiro a 19 de fevereiro de 2021, quando no final do dia foi anunciada a substituição do presidente Roberto Castello Branco, foram aplicados quatro reajustes no preço da gasolina, três reajustes no preço do diesel e dois reajustes no GLP”, afirmou a Petrobras no comunicado. “Neste período, a gasolina subiu 34,9%, o diesel 27,5%, e o GLP 11,3%”, finalizou.

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Vitor Azevedo

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