Procura do consumidor por crédito cresce 6,9% em 2018
O número de pessoas buscando crédito cresceu 6,9% em 2018. É o melhor desempenho da busca de crédito pelos consumidores dos últimos setes anos. Em 2017, a alta havia sido de 4,9%. Os dados são do Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito.
A procura por crédito pelos consumidores em 2018 se deve, segundo economistas do Serasa Experian, principalmente a quatro fatores:
- Manutenção da taxa de juros em patamares historicamente baixos;
- Inflação sob controle;
- Melhora dos níveis de confiança dos consumidores;
- Discreta redução da taxa de desemprego.
A busca por crédito pelo consumidor sofreu variações positivas em todas as faixas de renda no ano passado. Pessoas que recebem até R$ 500 ao mês tiveram o maior aumento na procura, com crescimento de 20,5% durante o período.
- Quem recebe até R$ 500/mês: 20,5%
- Quem recebe entre R$ 500 e R$ 1.000/mês: 5,5%
- Quem recebe entre R$ 1.000 e R$ 2.000/mês: 5,5%
- Quem recebe entre R$ 2.000 e R$ 5.000/mês: 4,3%
- Quem recebe entre R$ 5.000 e R$ 10.000/mês: 3,4%
- Quem recebe mais de R$ 10.000/mês: 3,8%
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Fintechs de crédito vão bem
Na semana passada, a startup de crédito com garantia Creditas recebeu autorização do Banco Central para começar a operar como sociedade de crédito. A Creditas Sociedade de Crédito S.A. terá como controlador Romulo Kfuri Mendes, sócio da fintech.
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Desta forma, a Creditas vai funcionar de forma híbrida, sem depender de outras instituições bancárias, segundo a assessoria de imprensa. A empresa vai continuar trabalhando com seus atuais parceiros, enquanto se prepara para começar a lançar os primeiros créditos.
O processo começou com as novas regras para fintechs elaboradas pelo Banco Central. Em abril de 2018, a instituição publicou uma resolução que regulava a atuação de fintechs de crédito no País. A norma do BC trouxe duas novas modalidades. A Sociedade de Crédito Direto e a Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP).
A Creditas foi a primeira fintech a entrar com a solicitação para operar SCD. Na definição da norma, trata-se de uma “instituição financeira que tem por objeto a realização de operações de empréstimo, de financiamento e de aquisição de direitos creditórios exclusivamente por meio de plataforma eletrônica, com utilização de recursos financeiros que tenham como única origem capital próprio.”
Ou seja, mesmo com a licença de SCD, a Creditas não pode captar recursos do público, exceto mediante emissão de ações, e nem participar do capital de instituições financeiras. O dinheiro usado nos empréstimos oferecidos pela Creditas vem de investidores.
“A licença faz todo o sentido pra gente”, diz Fábio Zveibil, vice-presidente de marketing e desenvolvimento de negócios da Creditas. “[Além da liberação de crédito] Ela nos permite maior agilidade nos processos internos – que vai se traduzir imediatamente aos clientes -, mais eficiência, nos dá alternativas para fazer os contratos”.