Dólar fecha em queda de 2,31%, negociado a R$ 5,629
O dólar encerrou o pregão desta quarta-feira (31) em forte queda de 2,31%, negociado a R$ 5,629.
Nesta tarde, os investidores estavam atentos ao leilão de swap tradicional do Banco Central e definição da Ptax. Por volta das 15h00, o dólar tinha queda de 1,95%, negociado a R$ 5,66.
Por ser o último dia do mês, hoje acontece a definição da taxa referencial de câmbio do real para todas as moedas negociadas no mercado cambial, esse índice é definido pelo Banco Central e é chamado de Ptax.
Segundo Cristiane Quartarolli, economista do Banco Ourinvest, o Real foi a segunda moeda que mais depreciou desde o início deste ano, apenas perdeu para a Turquia. “Lembrando que a Turquia só foi pior por conta da saída do Banco Central, que gerou bastante estresse no mercado”.
“O risco do Brasil está bem alto, o que acaba afetando a imagem do País diante dos investidores estrangeiros, que vão em busca de ativos mais seguros. Para o próximo trimestre, não acredito que a situação deva se alterar muito”.
Além disso, confira outras notícias importantes do dia:
- Desemprego no trimestre até janeiro foi de 14,2%, diz IBGE
- Setor público tem déficit primário de R$ 11,770 bi em fevereiro, revela BC
- Dívida bruta de 90% do PIB em fevereiro alcançou seu valor recorde, diz BC
- PIB do Reino Unido cresce 1,3% no 4ºtri ante 3ºtri; em 2020, sofre tombo de 9,8%
Desemprego
O desemprego no Brasil ficou em 14,2% no trimestre encerrado em janeiro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mesmo período de 2020, o desemprego era de 11,2%; já no trimestre encerrado em dezembro de 2020, a taxa de desocupação estava em 13,9%.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.521 no trimestre encerrado em janeiro. O resultado representa alta de 2,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 211,432 bilhões no trimestre até janeiro, queda de 6,9% ante igual período do ano anterior.
Déficit primário do setor público
Sob os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus, o setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de R$ 11,770 bilhões em fevereiro, informou nesta quarta-feira, 31, o Banco Central. Em janeiro deste ano, havia sido registrado superávit de R$ 58,375 bilhões e, em fevereiro de 2020, déficit de R$ 20,901 bilhões.
O resultado primário reflete a diferença entre receitas e despesas do setor público, antes do pagamento da dívida pública.
Dívida bruta
O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, afirmou nesta quarta-feira, 31, que a Dívida Bruta do Governo Geral, de 90,0% do Produto Interno Bruto (PIB) em fevereiro, representa um valor recorde para a série histórica.
Segundo ele, um dos principais motivos para este movimento foi o efeito cambial. Na prática, a desvalorização cambial em fevereiro elevou a dívida externa.
De janeiro para fevereiro, a dívida externa passou de 11,1% do Produto Interno Bruto para 11,5%. Como a dívida bruta não leva em conta as reservas internacionais do Brasil, isso impulsionou a dívida bruta.
PIB do Reino Unido
O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido cresceu 1,3% no quarto trimestre de 2020 ante o terceiro trimestre, segundo dados finais divulgados nesta quarta-feira pelo ONS, como é conhecido o escritório de estatísticas do país. Já na comparação anual, o PIB britânico encolheu 7,3% entre outubro e dezembro em meio aos efeitos da pandemia de covid-19.
Os resultados superaram as estimativas originais e as previsões de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de alta trimestral de 1% e queda anual de 7,8%. Em 2020 como um todo, a economia britânica sofreu contração de 9,8%, a maior da história. A leitura inicial, porém, era de queda um pouco mais acentuada, de 9,9%.
Última cotação do dólar
Na última sessão, terça-feira (30), o dólar encerrou em queda de 0,08%, negociado a R$ 5,762.